57º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical

Dados do Trabalho


Título

Perfil epidemiológico e distribuição espacial dos casos notificados da sublinhagem BA.2 da variante de preocupação Ômicron, no Brasil

Introdução

A Variante de Preocupação (VOC) Ômicron foi detectada pela primeira vez na África em novembro de 2021. Em dois meses afetou mais de 150 países. Desde sua designação como VOC a variante Ômicron apresentou diversas sublinhagens e dentre elas a BA.2, a qual foi notificada pela primeira vez no Brasil em 3 de janeiro de 2022. As novas variantes do SARS-CoV-2 podem influenciar no impacto da vacina, na terapêutica, nas metodologias dos testes de diagnóstico ou mesmo na eficácia das medidas de saúde pública aplicadas para prevenção e controle da propagação da covid-19.

Objetivo(s)

Identificar o perfil epidemiológico e a distribuição espacial dos casos notificados da sublinhagem BA.2.

Material e Métodos

Trata-se de um estudo ecológico cuja população foi composta pelos casos de covid-19 sequenciados com identificação da sublinhagem BA.2 da VOC Ômicron no Brasil, notificados pelas Secretarias Estaduais de Saúde até 4 de junho de 2022 (SE 22). Realizou-se a frequência absoluta e relativa das variáveis e as análises de tendência central para variável idade no software R (versão 4.0.3) e a distribuição espacial por municípioatravés do software Qgis (versão 3.20.3).

Resultados e Conclusão

Foram identificados 1.629 casos de covid-19 pela sublinhagem BA.2. A faixa etária mais acometida foi entre 40 a 49 anos, a média de idade 40,70 anos (SD= 21,69+/-) e mediana de 41 anos. O sexo feminino apresentou-se majoritário com 924 (56,72%) e o masculino com 704 (43,21%). No que se refere a 2ª dose ou dose única de vacinação, 539 (33,08%) dos casos estavam vacinados. Apenas 1 (0,06%) apresentou comorbidade e evoluiu para óbito. Os municípios com maior número de casos/100 mil habitantes foram Tubarão-SC com 141,87 casos/100 mil hab., seguido de Quinta do Sol-PR com 112,51 casos/100 mil hab. e Santa Maria- RS com 87,89 casos100 mil hab.(Figura 1.). Conclui-se que a distribuição espacial dos casos de covid-19 pela sublinhagem BA.2 é heterogênea, portanto, o padrão espacial não é aleatório. O perfil epidemiológico e a distribuição espacial são ferramentas essenciais para nortear as ações de vigilância em saúde. Ressalta-se ainda a importância da realização de análises espaciais locais para o controle da transmissão da doença.

Palavras-chave

Covid-19; Vigilância Epidemiológica; Distribuição espacial, Perfil Epidemiológico.

Área

Eixo 09 | COVID-19

Autores

Luana Seles Alves, Ana Pérola Drulla Brandão, Felipe Cotrim De Carvalho, Matheus Almeida Maroneze, Daiana Araujo Da SIlva, Luiz Henquire Arroyo, Greice Madeleine Ikeda Do Carmo, Walquiria Aparecida Ferreira De Almeida