Dados do Trabalho
Título
Imunização em tempos de Pandemia: Uma análise da cobertura vacinal da febre amarela na ilha do Marajó, área endêmica da Amazônia Brasileira.
Introdução
A organização mundial da saúde (OMS), prevê que a vacinação seja um dos métodos que mais auxilia na prevenção, controle e erradicação de doenças infecto-contagiosas, sobretudo, em regiões endêmicas como a região Amazônica. Entretanto, ainda existem diversos motivos que podem causar insegurança em relação às vacinas: fatores políticos, socioculturais, religiosos e disseminação de informações errôneas, principalmente, em tempos de pandemia.
Objetivo(s)
Analisar o impacto da covid-19 na vacinação contra febre amarela em área endêmica da Amazônia, Ilha do Marajó, no período de 2018 a 2021
Material e Métodos
Trata-se de um estudo epidemiológico do tipo ecológico, baseado em dados secundários, coletados no Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações com interesse nos municípios que compõem o arquipélago do Marajó, área endêmica da Amazônia, no estado do Pará, Norte do Brasil. Estratificou-se os dados em dois períodos, pré-pandemia, referentes aos anos de 2018 e 2019, e período pandêmico, referentes aos anos de 2020 e 2021. Os dados foram tratados estatisticamente no programa Bioestat 5.0.
Resultados e Conclusão
A cobertura vacinal para febre amarela foi de 56,81% no ano de 2018, 63,17% em 2019, 42,88% em 2020 e 36,75% em 2021. No período pré-pandemia a Ilha apresentou cobertura vacinal média de 59,99%, enquanto que no período pandêmico a média de cobertura vacinal em toda a ilha foi de 39,81%. Dentre os 16 municípios que compõem o arquipélago, Breves apresentou cerca de 14,95% de imunização, sendo este, o menor percentual de vacinação entre todos os municípios, seguido de Muaná (15,21%) e Chaves (19,01%), todos no período pandêmico. Quando analisado a queda na cobertura vacinal entre o período pré-pandemia e o período pandêmico, Muaná apresentou queda de cerca de 39 pontos percentuais, seguido de Santa Cruz do Arari (28,07%) e Melgaço (27,62%), enquanto que em toda a ilha a queda foi de 21,66. Ponta de Pedras foi o único município que apresentou aumento percentual em 2,16% na cobertura vacinal no período pandêmico comparado ao pré-pandêmico. A ilha do Marajó, segundo os dados fornecidos pelo Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações, teve um declínio de imunização da Febre Amarela, com exceção do município de Ponta de Pedras. Infere-se que a pandemia impactou negativamente a cobertura vacinal associada às características sócio-demográficas da região.
Palavras-chave
Febre amarela, Pandemia, Imunização
Área
Eixo 05 | Imunizações/ Saúde do viajante
Categoria
NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador
Autores
Lucas Monteiro Trindade, Gleyce Valadares Martins, Caio Cardoso Costacurta