57º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical

Dados do Trabalho


Título

DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DOS CASOS DE MENINGITE NO ESTADO DO PARÁ ENTRE OS ANOS DE 2015 A 2021

Introdução

A meningite é um processo inflamatório das meninges e é causada por vírus ou bactérias. A gravidade da doença está associada ao alto risco de complicações e sequelas a longo prazo, o que depende de condições do hospedeiro e da etiologia da infecção, sendo a etiologia viral a mais comum, porém a bacteriana é responsável pela maior mortalidade.

Objetivo(s)

Analisar o perfil epidemiológico dos casos de meningite no Estado do Pará entre os anos de 2015 e 2021.

Material e Métodos

Configura-se como um estudo transversal, quantitativo e observacional, com os dados obtidos por meio do SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação) disponíveis na plataforma DATASUS entre os anos de 2015 a 2021. Foram enfatizadas as variáveis: microrregião, sexo, raça, zona de residência, etiologia, evolução.

Resultados e Conclusão

Foram notificados 2820 casos de meningite no Pará entre os anos de 2015 a 2021, sendo o maior número de casos registrados no ano de 2018 (514 casos), seguido do ano de 2017 (507 casos), caindo nos anos de 2020 (248 casos) e 2021 (156 casos). Quanto às regiões, Belém apresentou as maiores taxas de notificação (81,27%), seguido de Altamira (3,36%), Santarém (2,65%) e Redenção (2,05%) . Em relação ao sexo, ocorreu uma maior notificação no sexo masculino (58,51%) quando comparado ao sexo feminino (41,48%). Quanto à raça, foi evidenciado um valor expressivo em indivíduos pardos (84,39%). A zona de residência, apesar de ser a qual apresentou um grande caso de não preenchimento (83,29%), as maiores taxas foram encontradas em área urbana (14,07%) quando comparada à zona rural (2,87%). Ademais, foi observado que a principal etiologia foi viral (MV) (28,9%), seguida da bacteriana (MB) (24,39%), sendo 14,5% casos não especificados quanto a etiologia. Em relação à evolução do quadro clínico, 78,58% dos pacientes receberam alta enquanto 12,90% evoluíram a óbito. Dessa forma, a partir das principais variáveis de risco é possível analisar os indicadores epidemiológicos da doença. A carência de dados, principalmente em relação a zona de residência e etiologia patológica, precisa ser remediada, para facilitar o acompanhamento da distribuição espacial da Meningite. Por fim, se deve incentivar a vacinação, pois a vacina contra a doença é a principal forma de prevenção e faz parte do Calendário Nacional de Imunização.

Palavras-chave

Meningite, Vírus, Bactéria, Epidemia, Brasil

Área

Eixo 14 | Outros

Autores

Ananda Carolina Reis Prestes, Ádria Rayane Lima Cascaes, Brenda Nazaré Gomes Andriolo, Adriana De Jesus Viana Veiga, Alexandre Marques Da Rocha, Cauã Leal Do Espírito Santo, Ellen Sabrinna Dos Remédios Passos, Elinton Nascimento Castelo, Léo Vitor Araújo Martins, Luan Daher Fernandes, Luiz Carlos Figueiredo Filho