57º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical

Dados do Trabalho


Título

ANÁLISE ESPACIAL DOS INDICADORES DO LEVANTAMENTO RÁPIDO DE ÍNDICES PARA AEDES AEGYPTI – LIRAa E DO SISTEMA MI-AEDES, OBTIDOS EM GOVERNADOR VALADARES, ESTADO DE MINAS GERAIS, NOS ANOS DE 2015 A 2018.

Objetivo(s)

Avaliar a distribuição espacial e temporal dos dados entomológicos do Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti (LIRAa), e do sistema MI-Aedes em Governador Valadares, de 2015 a 2018.

Material e Métodos

Foi realizada a análise espacial da distribuição dos índices entomológicos provenientes do LIRAa e do MI-Aedes no período de 2015 a 2018. Os mapas foram construídos de acordo com os períodos de realização do LIRAa, onde as variáveis foram calculadas de acordo com os referentes períodos, sendo eles: janeiro, março e outubro de 2015, outubro de 2016, janeiro, março e outubro de 2017, e janeiro, abril e outubro de 2018. Os valores do Índice médio de fêmeas de Aedes aegypti (IMFA), foram estratificados para corresponderem a cada um dos treze extratos definidos pelo LIRAa. Em relação às classificações dos extratos, para os índices referentes ao LIRAa, foi utilizada a classificação determinada pelo Ministério da Saúde, porém, para uma melhor visualização geográfica, os valores dos intervalos foram redistribuídos, dentro dos limites de cada classificação. O Ministério da Saúde considera o Índice de Breteau (IB) satisfatório quando estão ≤ 5%, entretanto ele não faz a recomendação de termos quando o valor supera este valor, em decorrência disso, optou-se por utilizar o termo alerta, para todos os IB superiores a 5%. Em relação ao IMFA, foram consideradas as definições usadas pela empresa Ecovec, mas para a melhor visualização dos dados, houve a redefinição do termo satisfatório. Nesta fase exploratório foi utilizado o software QGIS versão 3.8.1.

Resultados e Conclusão

O maior número de estratos na categoria risco, de acordo com o Índice predial (IP) foram concentrados em janeiro e março de 2017 e abril e outubro de 2018. Os estratos um, oito, nove, dez e 11, foram os que mais estiveram em condição de risco. IB, apontou uma maior concentração dos valores sugestivos de alerta, nos meses de janeiro e março de 2017. Os estratos que apresentaram situação mais agravante ao decorrer do período de 2015 a 2018 foram os extratos oito e nove. A disposição espacial do IMFA apontou uma maior concentração dos maiores IMFA no mês de março de 2017. Ao serem quantificados, 11 (85%) dos 13 estratos foram classificados como estado crítico para transmissão de arboviroses. Os estratos que apontaram altas densidades de fêmeas de Ae. Aegypti, de 2017 a 2018, foram os estratos quatro, 10, 11 e 13, pois todas as suas classificações foram de moderado a crítico.

Palavras-chave

Arboviroses, Controle, Prevenção, Epidemiologia.

Área

Eixo 08 | Arboviroses

Categoria

NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador

Autores

LUCAS Matos OLIVEIRA, Juliana Maria Trindade Bezerra, David Soeiro Barbosa, Fabrício Thomaz de Oliveira Ker, Álvaro Eduardo Eiras, Marcelo Carvalho De Resende, Amanda Lorena Marques Rosa, Mariângela Carneiro