Dados do Trabalho
Título
AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA DE UM NOVO PROTÓTIPO PARA TESTE DE PROTEÇÃO CONTRA PICADA DE FÊMEAS DE Aedes aegypti (DIPTERA: CULICIDAE)
Introdução
Evitar picadas dos vetores e o controle vetorial continuam sendo as mais importantes linhas de defesa contra a transmissão de patógenos por mosquitos. Os repelentes são eficientes, pois agem impedindo o contato do mosquito com a pele, além das vantagens quanto ao baixo custo, praticidade e facilidade na aplicação.
Objetivo(s)
Considerando a importância da avaliação de novas substâncias potencialmente repelentes, o presente trabalho tem como objetivo avaliar o uso de um novo protótipo de fácil construção e manuseio para testes de proteção de picada em Aedes aegypti, visando a não utilização do contato direto das substâncias testadas com a pele humana.
Material e Métodos
Para isso, os testes de proteção de picada foram realizados utilizando um recipiente de polipropileno de 11,5 x 10 x 7,5 cm, com tampa de encaixe e dois orifícios: (i) lateral do recipiente (1,56 cm), para inserção e remoção dos mosquitos; (ii) parte superior (3,54 cm), para acesso dos mosquitos à tela de poliamida (6,28 cm), tendo como suporte uma borda de EVA para evitar o contato tela/recipiente. Grupos de 10 fêmeas com 5 a 7 dias de vida, separadas após 3 dias de cópula e mantidas em jejum por 36 h antes do experimento foram pré-selecionadas, inseridas e aclimatadas por cinco minutos, após esse período, foram expostas à três fontes de estímulo colocados sobre os recipientes: (i) sangue humano, (ii) alimento artificial (SkitoSnack) utilizando alimentadores artificiais e (iii) antebraço humano (N=9) durante diferentes intervalos de tempo (2, 5 e 10 minutos). O número de mosquitos que pousaram e se alimentaram da fonte de estímulo foi anotado.
Resultados e Conclusão
Em geral, não houve diferenças significativas no número de pousos entre os estímulos independente do tempo, variando de 4 a 6. Por outro lado, foram observadas diferenças significativas no número de fêmeas ingurgitadas expostas ao SkitoSnack (4 a 8) e os demais estímulos, mas não houve diferenças entre antebraço (8) e sangue. Houve um aumento crescente na média de fêmeas ingurgitadas ao longo do tempo de avaliação, sobretudo entre o 2º (3) e os demais, 5º (6) e 10º minuto (8). Concluímos que os mosquitos pousam e ingurgitam no protótipo testado nas condições utilizadas, independentemente, da fonte de estímulo e do tempo testado. Para fins de utilização para experimentos de bioprospecção, nossos resultados sugerem que o uso do sangue e do tempo de 5 minutos foram as melhores condições para futuros experimentos.
Palavras-chave
Palavras-Chave: Alimentação artificial; Inseticida; Membrana; Repelência
Área
Eixo 04 | Entomologia / Controle de Vetores
Categoria
(Concorra com apenas um trabalho) Concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador - Mestrado
Autores
Amanda Nonato Santos, Alexandre de Almeida e Silva