57º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical

Dados do Trabalho


Título

AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA DE UM NOVO PROTÓTIPO PARA TESTE DE PROTEÇÃO CONTRA PICADA DE FÊMEAS DE Aedes aegypti (DIPTERA: CULICIDAE)

Introdução

Evitar picadas dos vetores e o controle vetorial continuam sendo as mais importantes linhas de defesa contra a transmissão de patógenos por mosquitos. Os repelentes são eficientes, pois agem impedindo o contato do mosquito com a pele, além das vantagens quanto ao baixo custo, praticidade e facilidade na aplicação.

Objetivo(s)

Considerando a importância da avaliação de novas substâncias potencialmente repelentes, o presente trabalho tem como objetivo avaliar o uso de um novo protótipo de fácil construção e manuseio para testes de proteção de picada em Aedes aegypti, visando a não utilização do contato direto das substâncias testadas com a pele humana.

Material e Métodos

Para isso, os testes de proteção de picada foram realizados utilizando um recipiente de polipropileno de 11,5 x 10 x 7,5 cm, com tampa de encaixe e dois orifícios: (i) lateral do recipiente (1,56 cm), para inserção e remoção dos mosquitos; (ii) parte superior (3,54 cm), para acesso dos mosquitos à tela de poliamida (6,28 cm), tendo como suporte uma borda de EVA para evitar o contato tela/recipiente. Grupos de 10 fêmeas com 5 a 7 dias de vida, separadas após 3 dias de cópula e mantidas em jejum por 36 h antes do experimento foram pré-selecionadas, inseridas e aclimatadas por cinco minutos, após esse período, foram expostas à três fontes de estímulo colocados sobre os recipientes: (i) sangue humano, (ii) alimento artificial (SkitoSnack) utilizando alimentadores artificiais e (iii) antebraço humano (N=9) durante diferentes intervalos de tempo (2, 5 e 10 minutos). O número de mosquitos que pousaram e se alimentaram da fonte de estímulo foi anotado.

Resultados e Conclusão

Em geral, não houve diferenças significativas no número de pousos entre os estímulos independente do tempo, variando de 4 a 6. Por outro lado, foram observadas diferenças significativas no número de fêmeas ingurgitadas expostas ao SkitoSnack (4 a 8) e os demais estímulos, mas não houve diferenças entre antebraço (8) e sangue. Houve um aumento crescente na média de fêmeas ingurgitadas ao longo do tempo de avaliação, sobretudo entre o 2º (3) e os demais, 5º (6) e 10º minuto (8). Concluímos que os mosquitos pousam e ingurgitam no protótipo testado nas condições utilizadas, independentemente, da fonte de estímulo e do tempo testado. Para fins de utilização para experimentos de bioprospecção, nossos resultados sugerem que o uso do sangue e do tempo de 5 minutos foram as melhores condições para futuros experimentos.

Palavras-chave

Palavras-Chave: Alimentação artificial; Inseticida; Membrana; Repelência

Área

Eixo 04 | Entomologia / Controle de Vetores

Autores

Amanda Nonato Santos, Alexandre de Almeida e Silva