Dados do Trabalho
Título
Perfil Epidemiológico da Mortalidade por Doenças de Chagas no Estado do Pará entre 2016 a 2020
Introdução
A Doença de Chagas é uma antropozoonose transmitida pelo protozoário Trypanossoma Cruzi por intermédio das fezes do inseto triatoma, e, no Brasil, é considerada endêmica, principalmente em estados da região amazônica, como o Pará. Destaca-se ainda que a sua fase crônica , na forma de cardite chagásica, é a forma mais grave, e influencia diretamente na taxa de insuficiência cardíaca, na taxa de internação hospitalar e, consequentemente, na morbilidade na região endêmica.
Objetivo(s)
Objetiva-se delinear o perfil de mortalidade por Doença de Chagas no estado do Pará durante o período de 2016 a 2020.
Material e Métodos
Trata-se de um estudo epidemiológico transversal descritivo das notificações de mortalidade geral por Doença de Chagas no estado do Pará de 2016 a 2020. As informações foram colhidas na plataforma TABNET do DATASUS, e processadas nos softwares Microsoft Excel 2016 e Microsoft Word 2016. Foram analisadas as variáveis: sexo, faixa etária, cor/raça e escolaridade.
Resultados e Conclusão
Entre os anos de 2016 a 2020, foram registradas 105 mortes causadas por Doença de Chagas no estado do Pará. Acerca do perfil sociodemográfico, constatou-se que os idosos são mais acometidos, tendo em vista que a faixa etária prevalente é a de 70 a 79 anos (23,8%), seguido de 60 a 69 anos (20,9%) e 50 a 59 anos (16,1%), além disso, as faixas etárias menos acometidas são dos 1 a 4 anos (0,9%) e 5 a 9 anos (0,9%). Quanto ao sexo dos casos notificados, o sexo masculino foi significativamente mais demarcado, com 75 casos (71%) registrados contra 30 casos (29%) registrados para o sexo feminino. Em relação a cor/raça dos pacientes registrados, constatou-se que pacientes declarados pardos foram mais prevalentes (56,1%), seguido por pacientes declarados brancos (25,7%) e pacientes declarados pretos (12,3%). Por fim, a variável “escolaridade” também foi pesquisada e demonstrou que pacientes com escolaridade de 1 a 3 anos foram mais acometidos (35,2%), seguidos por pacientes com escolaridade de 4 a 7 anos ( 22,8%), os pacientes de escolaridade de 12 anos ou mais foram os menos atingidos (2,8%). A partir dos resultados obtidos, compreende-se a importância da vigilância epidemiológica realizada para a Doença de Chagas e enfatiza-se a necessidade de mais estudos acerca do perfil epidemiológico dessa antropozoonose em outros estados do país.
Palavras-chave
Doença de Chagas; Trypanossoma Cruzi; Epidemiologia.
Área
Eixo 06 | Protozooses
Categoria
NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador
Autores
Giovanna Coutinho Jardim, Márcio César Ribeiro Marvão, Alexa Camila Lopes de Assis, Diego de Sousa Sena, Virgínia Alves Magalhães, Juliana de Moraes Silva, Izaura Maria Vieira Cayres Vallinoto, Victória Menezes da Costa