57º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical

Dados do Trabalho


Título

DETECÇÃO DA AÇÃO DO EXTRATO DE Inga edulis NA LINHAGEM CELULAR NEURONAL HUMANA (IMR-32) INFECTADAS COM ARBOVÍRUS NEUROTRÓPICOS

Introdução

As infecções por arbovírus podem resultar em um amplo espectro de síndromes clínicas, desde doença febril branda até febres hemorrágicas e formas neuroinvasivas, tais como, meningite, encefalite e paralisia flácida aguda. A região Amazônica é uma área que possui enorme diversidade biológica em termo de fauna e flora, com grande potencial no campo de pesquisas associadas a infecções por arbovírus e extratos de plantas. A espécie Inga edulis, conhecida na região como ingá de metro é originária da Amazônia e possui propriedade anti-inflamatória, devido a quantidade de compostos fenólicos presentes nas folhas, o que proporciona ao extrato de Inga edulis elevada capacidade antioxidante. A utilização de biomarcadores tem possibilitado a individualização de alguns tratamentos e permitindo à medicina recursos para o tratamento

Objetivo(s)

Detectar a produção de citocinas inflamatórias pela linhagem celular neuronal humana (IMR-32) infectadas com arbovírus neurotrópicos tratadas com extrato de Inga edulis

Material e Métodos

As amostras utilizadas no presente estudo fazem parte do biorepositório pertencente a SAARB/IEC são protótipos do vírus da febre do Nilo Ocidental e Encefalite de Saint Louis. A linhagem celular foi mantida em estufa de CO2, contendo meio Dulbecco’s Modified Eagle Medium com 10% de soro bovino fetal. O cultivo celular foi infectado e observadas diariamente para visualização do efeito citopático. O extrato de Inga edulis utilizado será cedido pelo Centro de Valorização de Compostos Bioativos da Amazônia/UFPA e utilizado em cultivos celulares infectados e não infectados com as amostras virais. Após isso, o cultivo de IMR-32 será tratado com MTT (4,5-dimetiltiazol-2-il-2,5-difenil) na concentração de 0,5mg/mL para verificação da viabilidade celular.

Resultados e Conclusão

Utilizou-se seis diluições distintas do extrato (10μg/mL, 5μg/mL, 2,5μg/mL, 1,25μg/mL, 0,625μg/mL e 0,312μg/mL) em triplicata seguindo cinética de 24 e 48 horas. Evidenciou-se que a maior diluição é citotóxica e a diluição de 1,25μg/mL apresenta maior viabilidade no tratamento. Espera-se ao final do projeto conseguir resultados satisfatórios acerca do isolamento de arbovírus encefalitogênicos na linhagem celular IMR-32 juntamente com a expressão de biomarcadores diante do uso de extrato de Inga edulis e dessa forma contribuir com informações de relevância em novas perspectivas para futuras intervenções terapêuticas que possam minimizar o quadro clínico da doença.

Palavras-chave

célula neuronal humana
arbovírus neurotrópicos
extrato vegetal
Inga edulis

Área

Eixo 08 | Arboviroses

Autores

Franciane Silva Almeida, Micael Douglas de Souza Gomes, Evellem Vitória de Souza Freitas, Saimon Júlio dos Reis dos Santos, Ercília de Jesus Gonçalves, Jamilla Augusta de Sousa Pantoja, Eliana Vieira Pinto da Silva, José Antônio Picanço Diniz Júnior, Felipe Tuji de Castro Franco, Ana Lucia Monteiro Wanzeller