Dados do Trabalho

Título

ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA DENGUE NO ESTADO DO AMAZONAS ENTRE 2016 E 2020

Introdução

A Dengue é uma arbovirose febril causada pelo vírus DENV e transmitida através da picada do mosquito fêmea da espécie Aedes aegypti. Quatro sorotipos são conhecidos: DENV 1, DENV 2, DENV 3 e DENV 4. O vetor cria-se, normalmente, em águas com baixo fluxo e sombreadas, destacando-se reservatórios temporários. Nesse cenário, essa doença apresenta surtos endêmicos e epidêmicos desde sua introdução no Brasil. O quadro clínico varia de assintomático a grave, sendo a dengue clássica caracterizada por febre alta de início abrupto, cursando frequentemente com náusea, vômitos, cefaleia, mialgia, artralgia, dor retro-orbital, leucopenia e petéquias. Na forma grave, o paciente apresenta piora do quadro com manifestações hemorrágicas, com possibilidade de evolução para choque e óbito.

Objetivo(s)

Analisar o perfil epidemiológico da Dengue no estado do Amazonas entre 2016 e 2020.

Material e Métodos

É um estudo ecológico, retrospectivo e quantitativo. As variáveis foram coletadas do Sistema de Agravo de Notificações (SINAN), referente ao período de janeiro de 2016 a dezembro de 2020.

Resultados e Conclusão

Foram notificados 23.669 casos de dengue durante o período estudado no Amazonas. Os anos de 2016 (7.441, 31,4%), 2020 (5.831, 24,6%), 2019 (4.145, 17,5%) apresentaram os maiores números registrados. A taxa de incidência foi de 5,78. O sexo feminino foi acometido com 12.647 casos (53,4%) e masculino com 11.009 (46,5%). Verificou-se que a raça parda obteve 4.443 casos (18,8%), a indígena 840 (3,5%) e a branca 366 (1,5%), respectivamente. Os indivíduos entre 20 e 39 anos totalizaram 9.448 casos (40%). Observou-se que o primeiro semestre do ano registrou maior prevalência, principalmente os meses de março (3.248, 13,7%), abril (3.082, 13,02%) e janeiro (2. 871, 12,12%), que concentraram a maioria dos casos, com um total de 38,87%.
CONCLUSÃO: Os resultados permitiram analisar o perfil epidemiológico atingido pela dengue no Amazonas durante o período compreendido entre 2016 e 2020. Dentre as variáveis, houve predomínio do sexo feminino, raça parda, faixa etária de 20 a 39 anos. Ademais, a maior porcentagem do período de janeiro, março e abril corresponde aos meses mais chuvosos na região, ratificando a relevância do período chuvoso e acúmulo de água parada para a proliferação dos vetores e, consequentemente, da doença. Dessa forma, é necessário maior reforço à importância da prevenção da dengue no estado.

Palavras-chave

Arboviroses, Dengue, Epidemiologia