Dados do Trabalho

Título

Análise das Doenças, Agravos e Eventos de Saúde Pública notificados pela Rede Nacional de Vigilância Epidemiológica Hospitalar: 2019 a 2021

Objetivos(s)

Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico das DAE de notificação compulsória registrados pela RENAVEH, no período entre 2019 e 2021.

Relato do Caso

Introdução: As doenças, agravos e eventos de saúde pública de notificação compulsória (DAE) estão listadas atualmente na Portaria n 1.102, de 13 de maio de 2022, e são em sua maioria doenças cuja gravidade e disseminação requerem detecção, monitoramento e medidas de prevenção e controle mais oportunas. No Brasil, desde 2004 foi instituída uma rede de núcleos hospitalares de epidemiologia (NHE), com o total de 238 NHE, responsáveis por realizar a vigilância epidemiológica e responder de forma oportuna à todas as DAE, no âmbito hospitalar. A partir de 2020, a Rede Nacional de Vigilância Epidemiológica Hospitalar (RENAVEH) sofreu um processo de ampliação e fortalecimento, sendo que ao final da estratégia, a rede passou ser comporta por 552 NHE, distribuídos em todas as unidades da federação (UF). Métodos: Estudo descritivo das notificações de DAE registradas pela RENAVEH no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), no período de 2019 a 2021. Em 2019, foram registradas 223.873 notificações pelos NHE da rede, em 2020 foram 155.088 notificações e em 2022. 245.001 notificações. Em 2019 e 2020, a rede era constituída por 238 NHE, e o decréscimo que se observa nas notificações se deve principalmente ao início da pandemia por covid-19, que sobrecarregou os profissionais da ponta, principalmente quanto a sua notificação nos sistemas de informações de notificação da doença, como diversos estudos demonstraram. As principais doenças notificadas nesses três anos pela rede foram violência doméstica e/ou outras violências (195.161 notificações), acidente por animal peçonhento (128.248), dengue (130.497), acidente de trabalho (89.670) e tuberculose (31.107).

Conclusão

A ampliação da rede, apesar da continuidade da pandemia, demonstrou sua grande importância ao implementar 314 novos NHE, aumentando a representatividade da rede para 11% nas notificações gerais do Brasil (anteriormente era 7%), garantindo assim uma maior cobertura em todas UF do país, visando a detecção e resposta às potenciais emergências em saúde pública.