Dados do Trabalho
Título
HANSENÍASE NA REGIÃO DO XINGU-PARÁ: UMA ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DOS CASOS DIAGNOSTICADOS ENTRE OS ANOS DE 2017 A 2021
Objetivo(s)
Caracterizar o perfil epidemiológico dos casos de hanseníase na região administrativa do Xingu, oeste do Pará, no período de 2017 a 2021.
Material e Métodos
Estudos ecológico e descritivo dos casos de hanseníase na região do Xingu entre os anos de 2016 a 2021. Os dados foram coletados a partir do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) através do TABNET/DATASUS, e organizados em planilhas do Excel® versão 2022. As variáveis analisadas são: sexo, faixa etária, escolaridade, raça, classe operacional, forma clínica e grau de incapacidade.
Resultados e Conclusão
Entre os anos de 2017 a 2021 foram notificados 963 casos de hanseníase. E dentre os municípios, Altamira foi qual apresentou maior número de casos, 303 (31,46%). Houve uma prevalência maior no sexo masculino com 621 casos (64,5%), na faixa etária de 30 a 49 anos com 361 casos (37,5%) e pessoas com ensino fundamental incompleto, com 371 casos (38,5%). Em relação a raça, houve uma incidência maior na cor parda, com 681 casos (70,7%), e em segundo na cor preta, com 147 (15,3%). Conforme a classe operacional, a maioria dos pacientes foi classificado como mulltibacilar, com 785 casos (81,52%), e enquanto na classe paucibacilar apresentou 178 (18,48%). E dentre as formas clínicas, a dimorfa foi predominante, registrando ao total 572 casos (59,4%), em seguida apresenta-se a forma indeterminada e virchowiana, com 131 (13,6%) e 126 (13,08%) casos, respectivamente. E segundo o grau de incapacidade, prevalece o grau zero com 497 casos (51,61%), seguidamente o grau I com 344 (35,72%). Durante o período analisado, a maioria dos casos ocorreram em 2018, 244 casos (25,34), e após esse ano observou-se um decréscimo nos números de casos. A taxa de incidência, em 2018, foi de 70,42/100.000 habitantes, a maior entre os cinco anos, e em 2021, último ano examinado, a taxa foi de 40,27/100.000 habitantes, no entanto, segundo esse indicador a região do Xingu adota a classificação de região em situação hiperendêmica.
Verificou-se que mesmo com a redução progressiva no número de casos, a situação da hanseníase na região Xingu ainda se encontra preocupante. Além disso, principalmente, devido os dados relativos à escolaridade da população, é importante a educação em saúde das comunidades sobre as orientações do tratamento e cuidados necessários, para assim obter um aumento de diagnósticos precoces e tratamento adequados, a fim de controlar a transmissão na área.
Palavras-chave
Hanseníase. Doença Endêmica. Infectologia.
Área
Eixo 13 | Tuberculose e outras micobactérias
Categoria
NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador
Autores
Matheus Miranda Maia, Ivo Augusto Alves Fernandes Marques, Emanuelle Nascimento da Cruz, Talila Dias Almeida, Claudy Frantz Ashley Darius, Yasmin Nascimento Farias