57º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical

Dados do Trabalho


Título

Respostas imunes de larvas de Aedes aegypti desafiadas por diferentes bactérias

Introdução

No estágio larval, o Aedes aegypti se alimenta de resíduos de material orgânico e de microrganismos, como bactérias, presentes no meio líquido do criadouro. Porém, dependendo da espécie de bactéria, sua presença no criadouro pode ser uma ameaça imunológica para as larvas. As principais respostas imunes das larvas são a melanização gerada pela ação da enzima fenoloxidase (PO) e a produção de peptídeos antimicrobianos.

Objetivo(s)

O objetivo é analisar o efeito de diferentes bactérias na resposta imunológica das larvas de A. aegypti. As larvas foram desafiadas com Escherichia coli, Serratia marcescens e Staphylococcus aureus em três diferentes concentrações.

Material e Métodos

As bactérias foram adicionadas a tubos contendo 10 larvas (L3) por 24h. Após esse período, as larvas foram coletadas e homogeneizadas em água Miliq para os ensaios. A atividade da PO foi quantificada em amostras incubadas com o substrato dihidroxifenilalanina (4mg/ml) e lidas em 490nm a cada 5 min por 40 min em espectrofotômetro. Já a atividade antimicrobiana foi quantificada nas amostras filtradas e incubadas com as respectivas bactérias do desafio e peptona 10%. A turbidez das amostras foi lida em 550 nm a cada hora por 18h a 37°C em espectrofotômetro.

Resultados e Conclusão

As amostras de larvas desafiadas com E. coli na concentração mais alta (1x106) apresentou significativamente (p>0,01) maior atividade de PO do que o grupo controle. As amostras desafiadas com S. marcescens, apresentaram maior atividade de PO nas concentrações de 1x105 (p>0,05) e 1x106 (p>0,001) em comparação com o grupo controle. Já nas larvas desafiadas com S. aureus, não observamos diferenças na atividade da enzima em comparação ao grupo controle. Em relação a atividade antibacteriana, o desafio com S. marcescens em todas as concentrações acarreta em maior atividade antibacteriana (8 e 16h; p<0,001) das larvas em comparação com as desafiadas com E. coli. Já no desafio com S. aureus, a atividade antibacteriana é maior (p>0,05) que das larvas com E. coli em todas as concentrações (8h e 16h; p<0,01 e p<0,001). Nossos dados indicam que as larvas de A. aegypti desafiadas com S. marcescens demonstram maior atividade de PO e atividade antibacteriana em comparação com as larvas desafiadas com E. coli e S. aureus.

Palavras-chave

Aedes aegypti, imunidade, larvas.

Área

Eixo 04 | Entomologia / Controle de Vetores

Autores

Mylena' Marinho Medeiros Garcia, Rodrigo Prado Rodrigues Miranda, Daniele Pereira Castro, Alessandra Mattos Saliba