Dados do Trabalho

Título

Caracterização das internações hospitalares por malária por Plasmodium vivax na região norte entre 2017 e 2021.

Introdução

A malária é uma doença infecciosa, causada pelo parasita Plasmodium, em sua maioria transmitida pela picada do mosquito do gênero Anopheles, por seringas contaminadas, transfusão de sangue ou transmissão vertical. No Brasil três espécies de Plasmodium infectam os seres humanos, o P. falciparum, P. malariae e o P. vivax, sendo o último mais presente no norte do país.

Objetivo(s)

Identificar e analisar os aspectos epidemiológicos das hospitalizações por malária por Plasmodium vivax na região norte do Brasil nos anos de 2017 a 2021.

Material e Métodos

Trata-se de um estudo ecológico e descritivo, a partir de dados secundários do DATASUS na seção Morbidades Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SUS), analisando-se as internações hospitalares por malária relacionadas ao vetor Plasmodium vivax, por local de internação, no norte do Brasil, entre os anos de 2017 a 2021, onde foram analisados quantitativo de internações, faixa etária, sexo e total de gastos. A análise estatística foi realizada por meio da descrição dos valores absolutos e proporcional das características das internações.

Resultados e Conclusão

Houve um total de 5.508 internações, sendo em 2017 o maior número, 1.293 (23,47%), contrastando com o menor número, 821 (14,9%) em 2020. O estado de Roraima obteve o maior número de internações, 1.522 (27,63%), seguido de Rondônia, Pará e Amazonas, com 1.365 (24,78%), 1.020 (18,51%), 846 (15,35%), respectivamente. Entre os menores números de internações estão 32 (0,58%) no Tocantins, 319 (5,79%) no Amapá e 404 (7,33%) no Acre. A faixa etária entre 20 e 29 anos foi a com maior registro, 1.204 (21,85%), entre os indivíduos com mais de 80 anos houve o menor número, 58 (1,05%). O sexo feminino apresentou o maior quantitativo, 2.780 (50,47%), enquanto o masculino totalizou 2.728 (49,53%). No total, foram gastos R$1.691.483,55, Roraima sendo o estado com maior gasto, 474.935,89, já Tocantins apresentou o menor desembolso, 14.545,80. Dessa forma, evidenciou-se neste estudo um comportamento epidemiológico de dominância do estado de Roraima entre o número de hospitalizações e os referidos gastos e pela maior prevalência no sexo feminino, o que contrasta com o perfil mundial e brasileiro, cuja maior prevalência é observada em homens. Tais achados são de extrema importância ao direcionamento das ações de combate à doença em questão

Palavras-chave

hospitalização; malária; Plasmodium vivax; epidemiologia.