Dados do Trabalho
Título
Primeiro registro de Urbanorum spp. na Região Norte do Brasil
Objetivos(s)
Relatar casos de Urbanorum spp. em Monte Negro, Rondônia.
Relato do Caso
Este estudo relata os primeiros casos de Urbanorum spp. na Região Norte do Brasil. A ocorrência do parasito foi registrada na Região Central de Rondônia, no município de Monte Negro.
Doze casos foram diagnosticados em um laboratório particular do município e encaminhados ao Instituto de Ciências Biomédicas - 5 da Universidade de São Paulo para confirmação.
O diagnóstico foi realizado pela técnica modificada de Pons, Hoffmann e Janer.
Foram observadas estruturas arredondadas com cores distintas como, amarelo, marrom e incolor. Alguns extravasavam uma formação fluida de cor amarela. Além disso algumas dessas estruturas liberavam pseudópodes e outras não. Os pseudopodes apresentavam-se em formato cilíndrico alongado, alguns destes com formações trançadas.
Dos doze casos descritos, oito viviam na zona rural, três na zona urbana e um na zona periurbana, sendo sete mulheres e cinco homens. As idades variaram de onze a setenta e quatro anos. Dos doze casos citados acima, sete aceitaram fazer acompanhamento médico.
Dos sete, quatro eram mulheres e três homens. A idade variou de onze a setenta e um anos. Seis moradores da zona rural e um da zona periurbana. Todos utilizavam água não filtrada de poço simples. Três apresentaram diarreia, com ausência de sangue e muco. Quatro tiveram dor abdominal, um febre e nenhum apresentou vômito. O município não possui rede de esgoto e as casas possuem fossas sépticas próximas aos poços.
Quatro pacientes foram tratados com Nitazoxanida 500mg e repetiram o teste com resultado ausentes para Urbanorum spp. Um paciente foi tratado com Nitazoxanida 500mg e não repetiu o exame de fezes. Um paciente foi submetido ao tratamento com benzoilmetronidazol e apresentou exame parasitológico ausentes para Urbanorum spp. Um paciente optou por não se submeter à terapia medicamentosa.
Conclusão
As amostras coletadas neste estudo estão em processo de análise filogenética e novos estudos serão realizados para investigar a patogenicidade do protozoário.
Ressalta-se, também, que a maioria dos achados no Brasil são relatos de casos e não há estudos moleculares que vinculem Urbanorum spp. a um clado. Alguns pesquisadores entendem que essa estrutura poderia ser apenas um artefato lipídico. Ademais, nenhum fator de risco direto associado à transmissão desse possível patógeno é relatado, contudo, a falta de saneamento básico é um denominador comum a todos os pacientes.
Área
Eixo 06 | Protozooses
Categoria
(Concorra com apenas um trabalho) Concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador - Mestrado
Autores
Tallita Beatriz de Oliveira Zamarchi, Luis Marcelo Aranha Camargo