57º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical

Dados do Trabalho


Título

PROFISSIONAIS DE SAÚDE E A COVID-19: VIVÊNCIAS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE DO MUNICÍPIO DE CAMETÁ-PA

Objetivo(s)

Investigar a situação dos profissionais de saúde da Atenção Primária à Saúde durante o contexto da pandemia da COVID-19 no município de Cametá-PA.

Material e Métodos

Trata-se de um estudo transversal, quantitativo e qualitativo com aplicação de questionários eletrônicos, organizado nos eixos: Perfil sociodemográfico; Rotina pessoal e de trabalho, Biossegurança; Índice de infecção; Saúde mental; Treinamento e/ou capacitação; Relatos pessoais quanto às vivências do contexto. A coleta de dados se deu no período de Novembro de 2020 a Janeiro de 2021. Pesquisa aprovada pelo comitê de ética, CAAE 36604620.6.0000.5174.

Resultados e Conclusão

O número total de participantes foi de 50 trabalhadores da APS, com 30% entre 25 a 29 anos de idade, 70% do sexo feminino, 38% da área da enfermagem e 80% sem comorbidades. Constatou-se que 60% dos profissionais realizaram testes para a Covid-19, dos quais 70% fizeram teste rápido pelo SUS, identificando 60% dos resultados positivos e 39% deles obtiveram 21 dias de afastamento do trabalho. Com relação às capacitações realizadas, notou-se que 66% dos profissionais revelaram que não houve capacitação por parte da administração da APS e 64% realizaram capacitações por conta própria. Quando questionado sobre a preparação para atendimento ao paciente com Covid-19, 42% se sentiram parcialmente preparados e 48% consideram que o ambiente profissional não esteja preparado para atender a demanda no contexto pandêmico, dos quais 57% afirmaram que isso se deve à falta de EPI. Os dados mostram que 94% receberam álcool em gel ou líquido, 74% luvas e 60% máscaras, porém 2% afirmaram não receber qualquer tipo de EPI. Ademais, no contexto da rotina profissional, 94% trabalham somente no SUS e 84% realizam visita domiciliar. No panorama financeiro, 52% dos trabalhadores não tiveram comprometimento da renda. Quanto à saúde mental, verificou-se que 84% não tiveram acompanhamento psicológico. Acerca dos relatos de experiências vivida durante a pandemia, observaram-se relatos destacando a falta de EPI, o medo de se contaminar e infectar a família, a carência de estrutura adequada no ambiente de trabalho e a precária capacitação dos profissionais, resultando em dificuldades no combate ao vírus.
Diante disso, os profissionais de saúde necessitaram mudar sua rotina profissional para se adequarem ao contexto pandêmico, precisando aprender novas formas de atuação, para atender aos pacientes e buscarem ter o cuidado para não se contaminar ou infectar a família.

Palavras-chave

COVID19, Atenção Primária em Saúde.

Área

Eixo 09 | COVID-19

Categoria

NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador

Autores

ADRIANA COSTA LIMA, TAINÁ CRISTINA COELHO COELHO, JOSE GUILHERME GOMES NASCIMENTO FILHO, BEATRIZ CARDOSO DINIZ, ANA LIDIA SOARES DOS SANTOS, JULIA CACERES DE MENEZES, MURILO NASCIMENTO BEZERRA, RODRIGO RODRIGUES GOES, SERGIO ALEXANDRE OLIVEIRA MALCHER