Dados do Trabalho

Título

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE FEBRE DE CHIKUNGUNYA DURANTE O PERÍODO DE 2017 A 2021 NO BRASIL

Introdução

A febre de Chikungunya é uma arbovirose epidemiologicamente relevante em âmbito
nacional, haja vista que sua transmissão é realizada principalmente pelo mosquito Aedes aegypti, agente
transmissor comum no território brasileiro. Diante disso, sua sintomatologia e a possibilidade de cronificação
da doença junto a agravos, como o desenvolvimento de meningoencefalite ou neuropatia periférica, impactam
de forma significativa na qualidade de vida dos pacientes.

Objetivo(s)

Dessa forma, este trabalho tem como objetivo realizar uma avaliação do perfil epidemiológico dos casos de Febre de chikungunya no Brasil no período de 2017 a 2021.

Material e Métodos

Realizou-se um estudo descritivo, retrospectivo e quantitativo com base nos dados secundários fornecidos pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), do Departamento de informática do SUS (DATASUS). As informações coletadas foram armazenadas e tabuladas no programa Microsoft Office Excel™.

Resultados e Conclusão

Entre os 779.815 casos encontrados após análise do
período avaliado, encontram-se os anos de 2017 com 245.905 casos (31,53%), 2019 com 180.000 casos
(23,08%) e 2021 com 136.208 casos notificados (17,46%), sendo os 3 anos mais incidentes do período
analisado. A região com maior quantidade de notificações de casos de Febre de chikungunya foi a região
Nordeste, com 417.511 casos (53,53%) seguida pela região Sudeste, com 268.079 casos (34,37%). Ademais,
foi identificado que pardos (50,97%), sexo feminino (69,94%) e a faixa etária de 20 a 39 anos (35,84%) são
as variáveis epidemiológicas mais acometidas. Após avaliação dos casos notificados, notou-se que 498 casos
(0,06%) evoluíram para óbito. Portanto, percebe-se a predominância da Febre Chikungunya
na região Nordeste em relação às demais e a maior prevalência dos casos em mulheres jovens, apresentando
um perfil epidemiológico compatível com os fatores de risco para a doença. Além disso, é possível observar
um decréscimo no número de infectados no país nos últimos anos, com base nas notificações compulsórias,
constatando as melhorias em saúde e vigilância sanitária.

Palavras-chave

Epidemiologia; Febre de Chikungunya; Infecções por Arbovirus