57º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical

Dados do Trabalho


Título

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE MENINGITE DURANTE O PERÍODO DE 2017 A 2021 NA REGIÃO NORTE DO BRASIL

Introdução

Meningite é definida como um processo inflamatório que acomete o LCR e as meninges, um conjunto de membranas que envolvem o encéfalo e a medula espinhal. Possui diversas etiologias, sendo classificada em infecciosa quando causada por bactérias, vírus, fungos e parasitas, e não infecciosa quando causada por medicamentos, traumas ou neoplasias. (1, 2). A etiologia mais comum é a viral, no entanto, a bacteriana se apresenta com maior taxa de morbimortalidade.

Objetivo(s)

Dessa forma, este trabalho tem como objetivo realizar uma avaliação do perfil epidemiológico dos casos de meningite na região norte do Brasil no período de 2017 a 2021.

Material e Métodos

Realizou-se um estudo descritivo, retrospectivo e quantitativo com base nos dados secundários fornecidos pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), do Departamento de informática do SUS (DATASUS). As informações coletadas foram armazenadas e tabuladas no programa Microsoft Office Excel™.

Resultados e Conclusão

Entre os 3.311 casos encontrados após análise do período avaliado, encontram-se os anos de 2017 com 896 casos (27%), 2018 com 845 casos (25%) e 2019 com 767 casos notificados (23%), sendo os 3 anos mais incidentes do período analisado. O estado com maior quantidade de notificações de casos de meningite foi o estado do Pará, com 1.853 casos (55%) seguida pelo estado do Amazonas com 709 casos (21%). Ademais, foi identificado que pardos 2.782 (84%), sexo masculino 1.976 (59%) e a faixa etária de 20 a 39 anos 1.173 (35%) são as variáveis epidemiológicas mais acometidas. Após avaliação dos casos notificados, notou-se que 498 casos notificados (%), evoluíram para óbito. CONCLUSÃO: Dentre o período de 3 anos, baseando-se no total de 3311 casos, observa-se uma redução de acometimentos, o que indica uma melhora no quadro terapêutico da doença, seja pela agilidade de intervenção, seja por métodos profiláticos. Quanto aos valores comparativos entre o Pará, com 55% e o Amazonas com 21% no percentual analisado, constata-se uma necessidade de debates mais eficientes sobre políticas públicas de saúde quanto à meningite, com ênfase, no primeiro Estado, haja vista a discrepância de resultados em áreas similares de estudo. E em relação às variáveis epidemiológicas avaliadas, sendo raça, sexo e faixa etária, observou-se 84% de casos em pardos, 59% em homens e 35% na faixa dos 20-39 anos, necessitando do engajamento de órgãos públicos de saúde, no que tange ações de rastreio, profilaxia e tratamento direcionados.

Palavras-chave

Epidemiologia; Meningite

Área

Eixo 14 | Outros

Autores

Teresa Giovanna do Carmo Alves, Bruna Nogueira Monteiro, Larissa Pinheiro Viana, José Wilker Gomes de Castro Júnior, Pedro Arthur Rodrigues de Oliveira, Bruna Viviane Bacha Miranda, Bárbara Araújo Campos, Lívia Braga Coelho, João Vitor Fernandes Barroso, Ana Paula Macedo Campos, Mário Roberto Tavares Cardoso de Albuquerque