57º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical

Dados do Trabalho


Título

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE ZIKA VÍRUS DURANTE O PERÍODO DE 2017 A 2021 NA REGIÃO NORTE DO BRASIL

Introdução

INTRODUÇÃO: O vírus Zika é um flavivírus pertencente à família Flaviviridae, a
mesma dos vírus da dengue, febre Chikungunya, febre do Nilo Ocidental e febre
amarela, que englobam um grupo de doenças infecciosas conhecidas como
arboviroses. Sua transmissão ocorre, sobretudo, por meio da picada do mosquito
Aedes Aegypti, artrópode hematófago, como vetor, o qual é encontrado em todo o
Brasil em virtude, principalmente, da falta de políticas públicas eficientes e
empenho direto dos cidadãos. Além disso, é uma doença endêmica, que pode
causar sequelas permanentes nos pacientes, incluindo as malformações
congênitas, na qual se destaca a microcefalia e uma série de distúrbios
neurológicos.

Objetivo(s)

OBJETIVO: Realizar uma avaliação do perfil epidemiológico dos
casos de Zika vírus na região norte do Brasil no período de 2017 a 2021.

Material e Métodos

METODOLOGIA: Realizou-se um estudo descritivo, retrospectivo e quantitativo
com base nos dados secundários fornecidos pelo Sistema de Informação de
Agravos de Notificação (SINAN), do Departamento de informática do SUS
(DATASUS). As informações coletadas foram armazenadas e tabuladas no
programa Microsoft Office Excel™.

Resultados e Conclusão

RESULTADOS: Entre os 18.775 casos
encontrados após análise do período avaliado, encontram-se os anos de 2017 com
7.082 casos (37,72%), 2019 com 3.897 casos (20,76%) e 2018 com 3.517 casos
notificados (18,73%), sendo os 3 anos mais incidentes do período analisado. O
estado com maior quantidade de notificações de casos de Zika vírus foi o estado
do Tocantins, com 8.119 casos (43,24%) seguida pelo estado do Pará com 3.270
casos (17,42%). Ademais, foi identificado que pardos 13.371 (71,22%), sexo
feminino 11.909 (63,43%) e a faixa etária de 20 a 39 anos 7.681(40,91%) são as
variáveis epidemiológicas mais acometidas. Após avaliação dos casos notificados,
notou-se que 3 casos notificados (0,015%), evoluíram para óbito. CONCLUSÃO:
Observa-se com esse trabalho alta prevalência no ano de 2017, 2018 e 2019 e
uma redução dos casos notificados nos anos de 2020 e 2021 o que ratifica a
relevância do vírus Zika como preocupante questão de Saúde Pública. Tendo em
vista as consequências da referida infecção, os resultados evidenciam a
importância de uma atuação de constante vigilância para o eficiente controle da
patologia.

Palavras-chave

Palavras-chaves: Epidemiologia; Zika Vírus; infecção pelo vírus Zika; vigilância epidemiológica;
Notificação.

Área

Eixo 08 | Arboviroses

Autores

Carlyne Souza Lamego Sanjad, Ronicelli Cezário Fernandes, José Wilker Gomes de Castro Júnior, Pedro Arthur Rodrigues de Oliveira, Yan Rafael Reis Castilho, Leandro Geraldo de Oliveira