57º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical

Dados do Trabalho


Título

Cobertura e resposta vacinal de profissionais de saúde de Unidades de Tratamento Intermediário e Intensivo Neonatal no Rio de Janeiro: resultados preliminares

Introdução

A imunização dos trabalhadores de saúde é parte essencial dos programas ocupacionais de controle de infecção a que estão expostos na rotina laboral. Neste contexto a avaliação do status imunológico destes profissionais precisa ser investigado para evitar a transmissão de doenças imunopreviniveis entre os profissionais e os pacientes.

Objetivo(s)

Verificar a presença de anticorpos vacinais para hepatite B, sarampo e COVID-19 em profissionais que trabalham em Unidades de Tratamento Intermediário e Intensivo Neonatal (UTI) e (UI) de um hospital universitário do Rio de Janeiro e avaliar a necessidade de dose de reforço

Material e Métodos

Foram convidados a participar do estudo 97 profissionais de saúde que trabalhavam na UI e UTI neonatal. A coleta de dados foi realizada a partir de um questionário específico contendo perguntas sociodemográficas e sobre previa imunização. As amostras de sangue foram coletadas e testadas para detecção de anticorpos. Todos os participantes assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido.

Resultados e Conclusão

No grupo estudado, 95% eram do sexo feminino, 50% relataram doença crônica. Até dezembro de 2021, 100% dos participantes receberam 2 doses de vacina para COVID-19, 48% e 13,8% relataram ter tido COVID-19 antes da vacinação e após a vacinação, respectivamente. Em relação à hepatite B, entre os vacinados, 12,5% tinham menos de 3 doses ou não sabiam quantas doses haviam tomado, sendo que 55% receberam há 10 anos ou mais a última dose. Em relação ao sarampo, 76,2% não relataram história pregressa, 30% foram vacinados há mais de 10 anos e 95% nunca realizaram testes para anticorpos anti-sarampo. Neste estudo, foi verificado que após a segunda dose da vacina COVID-19, 8,2% não tinham anticorpo neutralizante após 6 meses da segunda dose da vacina. Para hepatite B, em 14,4% não foi detectado o marcador sorológico anti-HBs e 9,2% dos participantes foram soronegativos (IgG) para sarampo. Conclusões: Diante dos resultados obtidos, é essencial que profissionais de saúde realizem a verificação do seu status vacinal e participem das campanhas de reforço vacinal, uma vez que existe um risco inerente ao exercício da profissão para aquisição e propagação de infecções. Considerando a importância de estar em dia com o calendário vacinal específicos para profissionais de saúde, este estudo chama a atenção para a necessidade de verificar o estado vacinal e programas que aumentem a cobertura vacinal.

Palavras-chave

vacinação, imunização, sarampo, hepatite B, COVID-19, profissionais saúde

Área

Eixo 05 | Imunizações/ Saúde do viajante

Autores

Cileyda Curty, Livia Melo Villar, Juliana Custodio Miguel Custodio Miguel, Elba Regina Sampaio Lemos, Vanessa Salete de Paula