57º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical

Dados do Trabalho


Título

GEOEPIDEMIOLOGIA DA COVID-19 EM BELÉM E ANANINDEUA: EVOLUÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL DA 12ª a 22ª SEMANAS EPIDEMIOLÓGICAS

Introdução

A COVID-19 se tornou um problema global de Saúde Pública, atingindo o patamar de pandemia afetando um grande número de pessoas espalhadas pelo mundo.

Objetivo(s)

Analisar o padrão espaço temporal do COVID-19, nas primeiras semanas epidemiológicas, no município de Belém e Ananindeua, Pará, Brasil.

Material e Métodos

Estudo ecológico dos casos confirmados de COVID-19 no município de Belém, da 12ª a 25ª semanas epidemiológicas, Foram obtidos dados epidemiológicos e demográficos secundários. Foram georreferenciados todos os casos de COVID-19 no município de Belém e Ananindeua, posteriormente foi realizado a distribuição espacial de todos os casos.

Resultados e Conclusão

Os primeiros casos de COVID-19 ocorreram no centro da cidade de Belém expandindo para a periferia da cidade a partir do dia 18 de março. A Região Metropolitana de Belém com seus 7 municípios, ao fim da 25ª semana epidemiológica (20/06), somava 25.187 casos e 2.445 óbitos, compondo quase 30% do total de casos e 53% do total de óbitos no Pará, respectivamente. Analisando a composição da casuística dentro do município de Belém, o município representava 69,49% (17.499) dos casos totais e 75% (1835) dos óbitos totais da Região Metropolitana de Belém, seguida por Ananindeua, com 3.862 (15,33%) casos e 317 (12,97%) óbitos. Ainda que Belém a Ananindeua tenha apresentado número de casos novos elevados nas duas semanas seguintes ao lockdown, este e as estratégias de isolamento social implantadas anteriormente parecem ter sido eficientes em reduzir o número de casos novos e a levar a taxa de reprodução viral para valores inferiores à 1, de certa forma permitindo controle ou decréscimo da infecção neste ponto do Estado. Entretanto este é um valor dinâmico, com amplo nível de confiança e deve ser considerado junto com as informações restantes e de forma cuidadosa, observados ao longo do tempo e de sua distribuição e sua relação com indicadores das flutuações da mobilidade social. Conclusão: É importante considerar que as análises espaciais são sensíveis à qualidade dos dados, que sofrem de subnotificação e deficiências quanto às datas de notificação (acúmulo, atraso e disparidades) e que as flutuações nas dinâmicas populacionais também podem interferir na evolução da COVID-19.

Palavras-chave

Coronavírus, COVID-19, Epidemiologia, Análise Espacial, Geoepidemiologia

Área

Eixo 09 | COVID-19

Autores

Alcinês da Silva Sousa Júnior, Bruno Vinicius da Silva Pinheiro, João Sérgio de Sousa Oliveira, Luiz Fernando Covre, Thayse Moraes de Moraes, Thomaz Xavier Carneiro, Denilson Silva Feitosa Júnior, Daniele Monteiro Nunes , Marcos Oliveira Silva, David Siqueira Santos, Marília Brasil Xavier