57º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical

Dados do Trabalho


Título

AVALIAÇÃO DE SÍNDROME PÓS-COVID EM PACIENTES ATENDIDOS EM UNIDADES DE SAÚDE DO SUL E SUDESTE BRASILEIRO

Introdução

Investigações relacionadas a quadros clínicos pós-covid-19 têm sido empregadas para avaliar o impacto após infecção aguda pelo SARS-CoV-2 em diferentes grupos populacionais. O conjunto de sinais e sintomas foi definido como Síndrome Pós-covid-19 e revela constante atualizações e necessidade de melhor compreensão sobre as condições que podem estar associadas a covid-19.

Objetivo(s)

Avaliar o impacto da infecção por SARS-CoV-2 em pacientes, com base em dados clínicos e laboratoriais que definem quadros pós-covid com base em escalas nacionais e internacionais de avaliação.

Material e Métodos

O estudo longitudinal acompanhou 52 pacientes atendidos no Ambulatório de Hepatites Virais (IOC/Fiocruz) localizado na cidade do Rio de Janeiro (RJ) e no setor de Gastroenterologia do Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG) em Curitiba (PR) durante o período de um ano (2020 a 2021). Estes indivíduos forneceram amostras de secreções nasofaríngea e orofaríngea para identificação do SARS-CoV-2 por PCR em tempo real para confirmação do diagnóstico inicial. Todos os pacientes foram entrevistados com questionário padronizado para a coleta de dados clínicos, demográficos e comportamentais, com levantamento de sinais e sintomas para avaliação da permanência de sintomas pós-infecção aguda pelo SARS-CoV-2.

Resultados e Conclusão

A média de idade foi de 49 anos (± 17,74) e 28 indivíduos eram do sexo feminino (53,8%). Um total de 22 indivíduos (42,3%) relataram algum sinal ou sintoma durante a infecção aguda pelo SARS-CoV-2. Entre os sintomas relatados, tosse seca ou produtiva esteve presente em 72,7% (16/22) dos participantes, seguido de febre acima de 37,8 graus celsius em 45,4% (10/22) e desconforto respiratório por 27,2% (6/22). Durante o acompanhamento, oito (15,3%) participantes relataram permanência de sintomas após infecção aguda, onde 3 deles relataram dificuldades de linguagem, raciocínio e memória, e três deles também relataram queda de cabelo. Depressão e ansiedade foram relatadas por 2 participantes (28%). A permanência de sintomas um ano após a infecção esteve presente em 3 participantes do estudo. Observamos baixa frequência de sintomas associados a síndrome pós-covid neste estudo o que pode ser consequência do baixo número de pessoas com sintomas durante a fase aguda da infecção. Isto demonstra que indivíduos assintomáticos podem apresentar menor risco de desenvolver síndrome pós-covid.

Palavras-chave

PÓS-COVID, SINTOMAS, PREVALÊNCIA

Área

Eixo 09 | COVID-19

Categoria

NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador

Autores

Lucas Lima da Silva, Vanessa Duarte da Costa, Alanna Calheiros dos Santos, Juliana Custódio Miguel, LUCIANA TEXEIRA DE BARROS E VASCONCELLOS, WILIAN JEANS WIGGERS, CLAUDIA ALEXANDRA PONTES IVANTES, PRISCILA POLLO-FLORES, LIA LAURA LEWIS-XIMENEZ, LIVIA MELO VILLAR