Dados do Trabalho

Título

ANÁLISE ESPAÇO TEMPORAL DO SARAMPO NO ESTADO DO PARÁ, NO PERÍODO DE 2019 A 2021

Introdução

O sarampo é doença exantemática viral, infecciosa grave, altamente transmissível e contagiosa. A única maneira de se prevenir contra a doença é por meio da vacina.

Objetivo(s)

Analisar no espaço e tempo a distribuição do sarampo, no Pará, entre 2019 e 2021.

Material e Métodos

A população do estudo correspondeu a 5.462 casos confirmados para sarampo, no estado do Pará, entre 2019 a 2021. Para a análise espacial foi realizado o levantamento dos dados cartográficos e populacionais. Estes dados foram georreferenciados e implementados a um Banco de Dados Geográfico. Foi realizado uma interpolação dos casos confirmados nos municípios das macrorregiões do Pará, para identificar a densidade dos casos de sarampo. O cálculo das Taxas de Incidência (TI) do sarampo, foi realizado conforme a fórmula: TI = (casos/população)*100.000. Na sequência, as TI foram classificadas usando os quartis, em Baixa (até 5,05), Média (de 5,06 a 14,60), Alta (de 14,61 a 55,95) e Muito Alta (acima de 55,95), para que fosse possível observar a distribuição por ano (2019 a 2021), por meio da técnica de Graduate Simbol.

Resultados e Conclusão

Foi observado que em relação a evolução espacial, o município de Belém (Região de saúde - Metropolitana I), apresentou a maior densidade dos casos ao longo do período estudado. Em relação a distribuição espacial das taxas de incidência nos municípios, observou-se que: em 2019 a maior incidência ocorreu no município de Santa Bárbara do Pará (Região de saúde - Metropolitana I); em 2020 foi o município de Bagre (Região de saúde - Marajó II) e em 2021 foi o município de Santa Cruz do Arari (Região de saúde - Marajó I) que compõem a Macrorregião de Saúde I do estado do Pará. Este fato que se deve à instabilidade das taxas estimadas para populações pequenas, ainda que tenham sido suavizadas. Conclusão: Quanto à análise espacial, os achados revelaram dois padrões principais. O primeiro, caracterizado por um processo de difusão por contiguidade, no qual acontece a partir do polo pioneiro (Metropolitana I), o segundo padrão se caracteriza pela relação do polo pioneiro com municípios mais distantes, pertencentes às regiões intermediárias do Marajó I e II, por meio de um processo de difusão hierárquica por realocação. Considerando a situação epidemiológica provocada pela pandemia, e o fato de alguns municípios manterem a circulação do vírus do sarampo, é de suma importância que as ações de vacinação na rotina sejam mantidas pelas secretárias de saúde municipal.

Palavras-chave

Sarampo; Epidemiologia; Análise Espacial.