Dados do Trabalho
Título
AVALIAÇÃO DA PREVALÊNCIA DE SÍFILIS EM GESTANTES NO PROGRAMA DE PRÉ-NATAL EM 2021 NO MUNICÍPIO DE BELÉM, PA, BRASIL.
Introdução
Atualmente entre as ações prioritários do Ministério da Saúde no combate a sífilis, se encontra a realização do diagnóstico no programa de pré-natal. Sendo a maior preocupação evitar a transmissão materno infantil (TMI) ou transmissão vertical.
Objetivo(s)
Avaliar as principais variáveis epidemiológicas da sífilis materna em três Unidades Mistas no período abril a junho de 2021 no município de Belém.
Material e Métodos
Foi realizado um estudo descritivo e analítico com delineamento transversal. Um total 398 gestantes, das UMS Icoaraci, Bengui II e Paraíso dos Pássaros, foram testadas para sífilis de acordo com o manual do ministério. Todas as participantes assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE) e Termo do Biobanco.
Resultados e Conclusão
Do total avaliado, 25 apresentaram resultado reagente, representando 6,28% de prevalência. Das que apresentaram resultado positivo mais de 80% se consideram pardas ou negras. Do total de gestantes avaliadas cerca de 51% delas tem o ensino médio completo, entretanto, das gestantes que apresentaram resultado positivo, somente 28% finalizaram o ensino médio. Com relação a renda familiar, as gestantes com resultado positivo, cerca de 80% informaram possuí renda média de até R$1500,00. Ao serem perguntadas sobre seu estado civil, 71% responderam serem casadas ou viverem com um companheiro, porém, para as que testaram positivo, 40% eram solteiras. Além disso, as pacientes positivas também apresentaram maior porcentagem de parceiros casuais, fora o parceiro fixo (24%). Sobre os conhecimentos gerais sobre a sífilis, mais de 80% das gestantes já tinham ouvido falar sobre, mas somente 62% sabiam como a doença pode ser transmitida e cerca de 68% das gestantes sabiam que a sífilis poderia ser transmitida de mãe para filho. De acordo com os dados apresentados podemos ver que a prevalência de sífilis materna é de 6,28%, considerando que em 2020 a taxa de detecção em gestantes no estado foi de 21,6 por 1000 nascidos vivos, esse valor de prevalência está bem acima da média, indicando um possível aumento durante a pandemia de COVID-19 ou uma alta taxa de subnotificação. Além do mais, a baixa escolaridade, baixa renda e a falta de acesso a informação continuam sendo variáveis importantes em casos positivos para sífilis, sendo que o fortalecimento de ações, como aumento na abrangência do programa de pré-natal, estratégia da família e serviços de acesso, se mostram como ferramentas importantes no combate a sífilis.
Palavras-chave
Sífilis, Gestante, Pré-natal, Epidemiologia.
Área
Eixo 11 | Infecções causadas por bactérias
Categoria
(Concorra com apenas um trabalho) Concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador - Graduado
Autores
Amanda Heloysa Baena Von Schusterschitz, Yan Corrêa Rodrigues, Herald Souza dos Reis, Cintya Oliveira Souza, Rebeca Saldanha Fonseca Nazaré, Daniela Cristina Soares, Joana Felicidade Ribeiro Favacho, Luciano Chaves Franco Filho