Dados do Trabalho
Título
Perfil epidemiológico dos acidentes com animais peçonhentos no estado do Pará, Amazônia brasileira.
Introdução
Animais peçonhentos apresentam glândulas de veneno que se comunicam com dentes ocos, ferrões ou aguilhões. Em países tropicais, acidentes com este tipo de animal são um importante problema de Saúde Pública, devido à alta frequência e letalidade, sendo sua ocorrência um agravo de notificação obrigatória.
As causas dos acidentes estão ligadas a aspectos multifatoriais, como: clima, invasão do habitat natural e atividades agrícolas na zona rural. A severidade destes acidentes se dá pelos índices de morbimortalidade, pois há maior exposição da população a áreas de risco e dificuldades do acesso à soroterapia.
Objetivo(s)
Descrever o perfil epidemiológico dos acidentes causados por animais peçonhentos no estado do Pará, no período de 2017 a 2021.
Material e Métodos
Estudo epidemiológico descritivo, quantitativo e analítico, com informações do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) do Sistema Único de Saúde (SUS).
Foram incluídos casos notificados como acidentes por animais peçonhentos, no estado do Pará, registrados no SINAN/DATASUS entre 2017 e 2021. As variáveis analisadas foram: faixa etária, sexo e tipo de acidente.
Resultados e Conclusão
Foram notificados 40.730 casos de acidentes por animais peçonhentos no estado do Pará, entre 2017 e 2021, apresentando uma média de 8.146 casos/ano, 8.753 casos somente em 2019.
Observou-se acidentes por serpentes em 25.784 (63,3%) casos, seguido por 10.101 (24,8%) acidentes com escorpiões e 1.805 (4,4%) acidentes por aranhas. Outros 3.040 (7,5%) acidentes ocorreram por abelhas e lagartas.
O sexo mais acometido foi o masculino (75% n=30.547). A faixa etária predominante foi 20 a 39 anos (37% n=15.070), seguida de 40 a 59 anos (26% n=10.589).
Conclui-se que o estado do Pará apresenta um número elevado de acidentes com animais peçonhentos, principalmente por serpentes, em homens entre 20 a 39 anos. Justificado pelos fatores climáticos da região, como a alta temperatura e elevados índices pluviométricos. Essas alterações levam ao transbordamento de rios leitos, igarapés e açudes, fazendo com que esses animais procurem abrigos em terra firme, possibilitando assim o contato com as pessoas (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2001), outro fator são os trabalhos no campo sem uso de equipamentos de proteção individual (EPI).
Palavras-chave
Animais peçonhentos; Acidentes por animais peçonhentos; Saúde pública.
Área
Eixo 03 | Acidentes por animais peçonhentos
Categoria
(Concorra com apenas um trabalho) Concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador - Graduado
Autores
ALINE CORREA CARVALHO, GLAUCIELEN GOMES SILVA, RAQUEL PORTELA SILVA, GABRIEL NAVA ALVES, GABRIELA LORRAINE DUTRA WAMBERGUE, ALEXANDRE VIEIRA BARBOZA, KAROLINE EUFRAUZINO SILVA