Dados do Trabalho

Título

MORTALIDADE POR PARALISIA FLÁCIDA AGUDA POR REGIÃO DO BRASIL ENTRE 2007 E 2021

Introdução

A Paralisia Flácida Aguda (PFA) é uma síndrome clínica que se caracteriza por um grupo de discinesias que geram espasmos musculares e que podem cursar com atrofia muscular; os danos são em componentes da cadeia de controle motor, tanto a nível medular como a nível neurológico periférico ou muscular. Várias condições patológicas podem originar a PFA, entre elas destaca-se a Síndrome de Guillain-Barré, mielite transversa aguda, traumatismos, diabetes, tumores medulares, alcoolismo e, também, a Poliomielite. No entanto, essa doença infectocontagiosa, de etiologia viral, está erradicada do Brasil desde 1994, fruto de uma intensa campanha de vacinação e medidas de vigilância epidemiológica adotadas pelo país.

Objetivo(s)

Este trabalho visa relacionar em diferentes regiões do Brasil os óbitos ocasionadas por PFA e por outras causas em portadores de PFA.

Material e Métodos

Para isso, foi realizado um estudo descritivo por meio de coleta de dados disponíveis no DATASUS, onde foi pesquisado o número de óbitos por PFA/pólio e por outras causas em cada uma das regiões do Brasil para que estas pudessem ser comparadas entre si e os resultados analisados com base na literatura disponível. O período analisado por esse estudo vai de 2007 a 2021, considerando as regiões de notificação: Norte, Nordeste, Sudeste e Sul; para “óbito por outra causa” e “óbitos por paralisia flácida aguda e poliomielite”.

Resultados e Conclusão

No período, foram notificados 6.723 novos casos. Houve um total de 107 óbitos, dos quais 58,9% foram das regiões Norte e Nordeste e 41,1% foram das regiões Sul e Sudeste. Todos os óbitos registrados ocorreram pela categoria “óbito por outra causa”. Outros estudos brasileiros também observaram ausência de óbitos por PFA/pólio, sendo congruente com o objetivo da vigilância epidemiológica, o qual é manter o Brasil livre da circulação dos poliovírus, tendo em vista que ainda há países endêmicos para essa infecção. É importante notar que, apesar desse alto número de óbitos com predominância nas regiões Norte e Nordeste, nenhum dos óbitos foi causado por PFA/poliomielite. O que comprova que o Brasil manteve efetivamente seus esforços de erradicação da poliomielite e, em parte, a vigilância da PFA.

Palavras-chave

Paralisia; Poliomielite; Sistemas de informação;