Dados do Trabalho
Título
Controle de qualidade das amostras do Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti - LIRAa, no Amapá, Brasil
Introdução
Dengue, Zika e Febre de Chikungunya são as principais arboviroses circulantes no Brasil. São transmitidas primariamente por mosquitos Aedes aegypti, e tendo como vetor secundário Aedes albopictus.
Neste sentido, com o objetivo de direcionar as ações de controle dos mosquitos, o Ministério da Saúde implantou o LIRAa (Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti). Uma ferramenta baseada na estratificação do município e coleta de formas imaturas dos mosquitos, para que em seguida, sejam determinados os índices orientadores.
As larvas e pupas coletadas durante o LIRAa, são analisadas pelos laboratórios de entomologia dos municípios que dão o diagnóstico baseados em chaves entomológicas com auxílio de microscópios bacteriológicos.
No Estado do Amapá, 10% das amostras coletadas e classificadas como Ae. aegypti e Ae. albopictus e outras são encaminhadas para o Laboratório de Vetores da Superintendência de Vigilância em Saúde do Amapá (LV- SVS), que verifica a divergência dos laudos emitidos.
Objetivo(s)
Determinar a divergência do diagnóstico do resultado do LIRAa em três municípios do Estado do Amapá, durante 2021 e 2022
Material e Métodos
O Estado do Amapá está localizado no extremo norte do Brasil, com população estimada em 2021 de 877.613 habitantes. É formado por 16 municípios, sendo que a capital, Macapá, concentra cerca de 60% da população.
O LV-SVS é quem tem a responsabilidade de realizar as supervisões e treinamentos relativos a vetores. Para isto, solicita aos municípios que de forma espontânea encaminhem 10% das amostras coletadas em cada ciclo do LIRAa.
Neste estudo, apenas três municípios participaram e tiveram seus nomes suprimidos. Devido a epidemia de COVID 19, os municípios não executaram todos os ciclos planejados.
Resultados e Conclusão
Em 2021, apenas o município A encaminhou amostras, provenientes de quatro ciclos, sendo que apenas uma apresentou divergência de 13,75%. Já em 2022, o município A, encaminhou amostras de 3 ciclos, dos quais uma com discordância de 3,70%.
O município B, antes de receber treinamento, teve divergência na primeira amostra de 24,53%, já na segunda amostra encaminhada após treinamento, não houve divergência.
O município C, que iniciou encaminhar as amostras após treinamento, não apresentou discordância nas amostras encaminhadas.
Assim, identificamos que o controle de qualidade das amostras do LIRAa é essencial para verificar potenciais erros de diagnóstico e identificar a necessidade de treinamento das equipes de entomologia dos municípios.
Palavras-chave
dengue, zika, chikungunya
Área
Eixo 04 | Entomologia / Controle de Vetores
Categoria
NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador
Autores
Fred Julio Costa Monteiro, Volmir Miguel Zanini, Marlucia dos Santos Façanha, Fabio Rodrigo Paixão Mourão