Dados do Trabalho

Título

INCIDÊNCIA DE LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA NA REGIÃO DO VALE DO GUAPORÉ: UMA REGIÃO ENDÊMICA

Introdução

A leishmaniose tegumentar americana (LTA) constitui um grave problema de saúde pública no Brasil. Ela é uma doença zoonótica negligenciada, que afeta a pele e mucosas com elevado risco de ocorrência de deformidades, quando não manejada de forma adequada. Seu agente etiológico é um protozoário do gênero Leishmania.

Objetivo(s)

Por isso, o estudo tem como objetivo evidenciar o coeficiente de incidência (CI) da doença na região de saúde do Vale do Guaporé, Rondônia que abrange os municípios de São Francisco do Guaporé, Costa Marques e Seringueiras, região importante para o turismo de pesca do estado.

Material e Métodos

O levantamento de dados foi feito por meio do acesso ao Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN)/ Sistema de Tecnologia da Informação a Serviço do SUS (DATASUS) e site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O cálculo do (CI) foi realizado dividindo-se o número totais de casos notificados de (LTA) no período de 2010 a 2020 disponíveis no DATASUS/SINAN pela população residente determinada pelo censo do IBGE e multiplicando-se o resultado por 100.000.

Resultados e Conclusão

No período foram registrados 654 casos de LTA entre 2010 e 2020 na região, com uma taxa média de incidência de 120 casos por 100 mil habitantes, acometendo, em sua maioria, os homens com 550 casos (84%) seguido das mulheres com 104(16%). Este índice é o maior encontrado entre as regiões de saúde do estado de Rondônia. Do total de casos notificados no período 640(97%)foram na forma cutânea e 14(3%) na forma mucosa. São Francisco do Guaporé é o município com maior índice com 176,30 casos por 100 mil hab. As faixas etárias mais acometidas foram aquelas entre 20-39 anos com 338 casos (51,8%), seguido da faixa 40-59 anos com 206 casos (31,5%). Os casos entre os indivíduos jovens 0-19 anos somaram 69 (10,5%), nos indivíduos acima de 60 anos foram notificados 41 casos (6,2%). A região se enquadra como área de transmissão alta de acordo índice composto de Leishmaniose Tegumentar (ICLT) da Organização Mundial de Saúde (OMS). Portanto, apesar de uma pequena população na região percebe-se a necessidade da implantação de ações de promoção a saúde voltadas para essa comunidade, além de ampliar as ações de vigilância epidemiológica, entomológica e de reservatórios, visando o controle dos casos de LTA e redução do número de casos na região.

Palavras-chave

: Leishmaniose. Vale do Guaporé. Incidência. Endêmico.