Dados do Trabalho
Título
Avaliação espacial do controle larvário da espécie Aedes aegypti (Linnaeus, 1762) em bocas de lobo, com uso de larvicidas, em Joinville/SC
Introdução
Em Joinville foram registrados na LIRAa do mês de março entre os anos de 2018 a 2022, cerca de 16% de focos de Ae. aegypti em depósitos fixos, como bocas de lobo(BL), caixas de passagem de drenagem pluvial.
Objetivo(s)
O objetivo do estudo foi avaliar o efeito do tratamento focal em Bocas de lobo(BL) com pyriproxyfen, diflubenzuron e espinosade, em Joinville-SC, através de larvitrampas.
Material e Métodos
O estudo foi realizado nos bairros Anita Garibaldi e Bucarein. No ano de 2020, foi acordado entre a Prefeitura de Joinville e a DIVE/SC, que se realizaria aplicações de larvicidas em BLs, com o pyriproxyfen, sendo ampliado com espinosade e diflubenzuron doados pelos fabricantes. No bairro Anita Garibaldi, foram duas áreas com tratamento, sendo a área 1 com pyriproxyfen (57 BLs) e a área 2 com espinosade (51 BLs). No bairro de Bucarein, foram duas áreas, sendo a área 3 com diflubenzuron (65 BLs), e a área 4 de controle. Foram obtidos dados de larvitrampas com até 300 m das áreas, do período anterior aos tratamentos (06/2020 -05/2021) e durante os tratamentos (06/2021 - 06/2022). Para a avaliação utilizou-se o Índice de Larvas por Larvitrampas (IL) e o Índice de Larvitrampas Positivas (ILP). Foram elaborados mapas de calor através de interpolação espacial de densidade larvária utilizando a estimativa de densidade de kernel.
Resultados e Conclusão
Os resultados mostraram diminuição dos indicadores após o tratamento. O ILP 2021-2022, quando comparado com o período anterior, mostrou uma diminuição, no diflubenzuron (5,4%) e espinosade (0,6%), enquanto que o controle (-13,7%) e pyriproxyfen (-10,6%), aumentou. O IL de 2021-2022, comparado com o período anterior, mostrou uma diminuição, no espinosade (173%), diflubenzuron (52%) e pyriproxyfen (20%), enquanto que o controle aumentou (-19%). Quanto à distribuição e densidade espacial das larvas, houve um aumento da densidade larvária de Ae. aegypti na área controle na região interna e externa, durante o estudo. E sobre as áreas de tratamento, antes da intervenção, foi identificado na área 2 com espinosade, uma intensa concentração larvária na região superior, havendo a redução desta mancha de calor no período com tratamento. Nas áreas tratadas com pyriproxyfen e diflubenzuron, houve pouca alteração, mas vale ressaltar, que não foi identificado densidade larvária intensa no período avaliado. Com isso, as análises mostraram promissoras. Recomenda-se estudos mais robustos, como potencial uso nas ações integradas de controle do vetor.
Palavras-chave
Aedes, bocas de lobo, larvicida.
Área
Eixo 04 | Entomologia / Controle de Vetores
Categoria
NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador
Autores
Saulo Rocha Vicente, Silmara Costa da Silva, Therezinha Maria Novais de Oliveira, Ailton Coelho Junior