57º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical

Dados do Trabalho


Título

Descrição do Projeto das Estações Disseminadoras de Larvicida (EDLs), como estratégia de controle da espécie Aedes aegypti (Linnaeus, 1762) no município de Joinville/SC

Objetivos(s)

Descrever a experiência das EDL’s no município de Joinville-SC.

Relato do Caso

A primeira reunião online oficial ocorreu em setembro de 2020 com os pesquisadores responsáveis Dr. Sergio Luz e Dr. José Cortés do ILMD, junto ao antigo Diretor Mário José, o Eng. Saulo Vicente, e convidados. A reunião teve como objetivo avaliar a viabilidade de implementação da estratégia de disseminação de larvicida pelos próprios mosquitos, através das EDL’s, de acordo com a capacidade operacional. No planejamento, o Eng. Saulo Vicente e o Agente de combate às endemias (ACE) Ailton Benevenutti, estiveram em Manaus, para uma capacitação, foram também elaborados mapas temáticos dos casos de dengue e de infestação de Aedes aegypti, através de geoprocessamento, para identificar as áreas de risco prioritárias para a implementação da estratégia. Os materiais foram adquiridos por meio de doações e o larvicida pelo ILMD, através do Ministério de Saúde. A implementação ocorreu em dezembro de 2020, sendo treinados os ACEs para a implantação das EDL’s pelo Dr. José Cortés e a MSc. Samylla Suany, ambos do ILMD. O evento teve o apoio da Associação de Município do Nordeste de Santa Catarina, com uma estratégia de comunicação assertiva e bastante receptiva. A estratégia está em desenvolvimento com manutenção mensal de EDL’s e com monitoramento através do índice de Larvas por larvitrampas (IL), desde o ano de 2020 até 2021. Das seis áreas de intervenção, a média de larvas/armadilha (IL), diminuiu 25,3% em 2021, quando comparado com 2020. Das oito áreas de controle, a média de larvas/armadilha (IL), aumentou 29,5% em 2021, quando comparado com 2020.

Conclusão

O projeto possibilitou a abertura de diálogo com pesquisadores do ILMD, e com outros pesquisadores de outras instituições da FIOCRUZ, além disso acrescentou outras ferramentas para trabalhar no controle vetorial, como o geoprocessamento. Além disso, outros fatores relevantes para a implantação, foram o baixo custo e a facilidade de aquisição dos materiais e o engajamento dos moradores com as EDL’s. Em contrapartida, um dos pontos negativos vivenciados foi a troca de ACEs, que foi sanada por treinamento contínuo.

Área

Eixo 04 | Entomologia / Controle de Vetores

Autores

silmara costa da silva, Saulo Vicente Rocha, Sérgio Luiz Bessa Luz, José Joaquín Carvajal Cortés