57º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical

Dados do Trabalho


Título

VIGILÂNCIA DO ÓBITO POR COVID-19 EM UM MUNICIPIO DA BAHIA

Introdução

A Pandemia da COVID-19 apresenta-se como o maior desafio sanitário do século atual, causando milhões de casos em todo o mundo, culminando em números elevados de óbitos. A Vigilância de Óbitos por COVID-19, tem como propósito avaliar as circunstâncias em que os óbitos ocorreram para que através da analise das informações coletadas sejam implementadas medidas que possam evitar novos óbitos.

Objetivo(s)

Caracterizar o perfil óbitos pelo SARS-CoV-2 no município de Feira de Santana - Bahia.

Material e Métodos

Trata-se de um estudo epidemiológico e de corte transversal baseado na ocorrência dos óbitos por Covid-19 entre 18 de abril de 2020 a 14 de outubro de 2021 em Feira de Santana-Bahia. Os dados foram coletados do Sistema de informação de Agravos de Notificações (SINAN) e das Declarações de Óbitos (DO) do Sistema Informação de Mortalidade (SIM) da Secretaria Municipal de Saúde. Foram avaliadas as taxas de óbitos ocasionados pela COVID-19 no período do estudo. Feira de Santana, foi o primeiro município da região nordeste a confirmar a Covid-19, possui uma população de aproximadamente 622.639 habitantes e está localizada à 108 km de Salvador. Para inclusão neste estudo definiu-se como óbito por COVID-19 aqueles que após investigação da Vigilância Epidemiológica foram diagnosticados prioritariamente por critério laboratorial pelo SARS-CoV-2 e/ou pelo critério clinico epidemiológico e de pessoas residentes no município de Feira de Santana. Os dados foram analisados e representados em tabelas e gráficos.

Resultados e Conclusão

Os casos de óbito são proporcionais ao número de casos confirmados para a SARS-Cov2. Das mortes ocorridas no município, o maior pico de incidência se deu nos meses de maio e junho/2021 com 109 e 116 casos registrados, respectivamente. A maioria dos óbitos são de homens, totalizando 55,5%. Com relação a faixa etária, a maior letalidade está entre pessoas de 50 a 64 anos, resultando em 31,12% dos casos. A cor parda é a que mais aparece nos dados registrados, seguido de pessoas da cor preta. Hipertensão arterial e diabetes são as comorbidades mais frequentes, sendo que dos dados, apenas 14,36% não apresentavam nenhum fator de risco declarado. CONCLUSÃO: Conclui-se que a maioria dos pacientes que evoluíram a óbito eram não vacinados ou com vacinação incompleta, tinham pelo menos uma comorbidades e em grande maioria apresentavam doenças cardiovasculares. O sexo masculino foi o mais predominante e prevaleceram as pessoas na faixa etária de 50 a 64 anos.

Palavras-chave

COVID-19, Vigilância, Óbito

Área

Eixo 09 | COVID-19

Autores

Maricelia Maia de Lima Maia Lima, Erenilde Marques de Cerqueira Marques Cerqueira , Thamirys Marques Moreira Marques Moreira, Neuza Santos de Jesus Silva Santos de Jesus Silva, Eloisa Bahia Santana Bahia Santana, Francisca Lucia da Silva Oliveira Silva Oliveira, Mayane Trindade da Silva Trindade Silva, Bruna Kerssia Oliveira de Carvalho Oliveira Carvalho, Luiz Carlos Junior Alcantara Junior Alcantara , Taciara da Silva Santos Silva Santos