Dados do Trabalho
Título
Investigação de arbovírus em amostras de vertebrados silvestres pertencentes ao bioma amazônico provenientes da Região de Carajás, Pará (2018 e 2019).
Introdução
A ocorrência do isolamento de arbovírus em vertebrados silvestres tem sido descrito há várias décadas, relatando que esses animais podem fazer parte do ciclo de manutenção desses vírus e/ou reservatórios, e dessa forma contribuir facilitando a disseminação e perpetuação dos arbovírus em natureza, especialmente aqui na Amazônia, onde coexistem em diferentes biomas. Alterações ambientais como desmatamento e queimadas levam ao desequilíbrio ecológico e favorecem o surgimento de novos vírus. Os projetos de pesquisa desenvolvidos nesses biomas, tais como o Projeto Salobo, desenvolvido na região de Carajás (Canaã dos Carajás, Curionópolis e Marabá) pode detectar a emergência e/ou reemergência de doenças infecciosas, tais como as arboviroses. Nesse contexto, faz-se necessário a realização de estudos de monitoramento as proximidades dessas áreas, com a finalidade de avaliar as alterações ambientais e direcionar as ações da vigilância epidemiológica, a fim de controlar a dispersão de possíveis patógenos, evitando assim surtos e/ou epidemias.
Objetivo(s)
Fazer isolamento viral em células IMR32, para investigar a circulação de arbovírus em amostras de vertebrados silvestres pertencentes ao bioma amazônico provenientes da região de Carajás (Canaã dos Carajás, Curionópolis e Marabá), no período de 2018 a 2019.
Material e Métodos
Cérebro de vertebrados silvestres provenientes da região de Carajás foram previamente macerados em solução salina (10%) em aparelho Tissuelyser, inoculados em cultura de célula de neuroblastoma humano (IMR-32) e, posteriormente submetidas a técnica de imunofluorescência indireta, utilizando anticorpos policlonais para os principais arbovírus pertencentes aos gêneros: Alphavírus, Flavivírus e vírus Oropouche.
Resultados e Conclusão
Das 38 amostras de cérebro de roedores e aves, cinco apresentaram alterações celulares (ECP) quando observadas ao microscópio óptico de inversão, sugerindo uma possível presença de agente viral, porém quando testadas pela técnica de imunofluorescência frente aos anticorpos supracitados, as amostras apresentaram resultados negativos pela metodologia empregada. Embora ainda em fase de conclusão, ressaltamos a necessidade do uso de outras ferramentas que possam nos auxiliar no esclarecimento desses possíveis isolamentos dessas amostras que apresentaram ECP, porém com resultado negativo pela IFI, para que dessa forma possamos monitorar a circulação de arbovírus no local do estudo.
Palavras-chave
arbovírus, vertebrados silvestres; bioma amazônico; isolamento viral
Área
Eixo 08 | Arboviroses
Categoria
NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador
Autores
Saimon Julio dos Reis dos Santos, Franciane Silva Almeida, Micael Douglas de Souza Gomes, Evellem Vitória de Souza Freitas, Landeson Junior Leopoldino Barros, Maissa Maia Santos, Lívia Carício Martins, Eliana Vieira Pinto da Silva, Ana Lucia Monteiro Wanzeller