Dados do Trabalho

Título

RESPOSTA TOXICOLÓGICA E OXIDATIVA AO CIANETO ASSOCIADA AO CONSUMO DE FARINHA DE MANDIOCA (MANIHOT ESCULENTA CRANTZ) EM UMA COMUNIDADE RURAL DA AMAZÔNIA BRASILEIRA

Introdução

O consumo de farinha de mandioca diário pode ocasionar exposição ao cianeto.

Objetivo(s)

Avaliar a resposta toxicológica e oxidativa associada ao consumo de farinha de mandioca em uma população rural da Amazônia Brasileira

Material e Métodos

Estudo observacional, transversal, desenvolvido em uma comunidade de área rural da Amazônia no ano de 2019. Foram avaliadas as concentrações de cianeto em quatorze amostras de casa de produção de farinha. Além da avaliação oxidativa e frequência alimentar da farinha de mandioca de setenta e seis residentes de ambos os sexos com idade entre 13 e 55 anos

Resultados e Conclusão

Resultados: A concentração média de cianeto total em amostras de farinha de mandioca foi de 20,06 mg/HCN/Kg, diferindo estaticamente do valor preconizado pela OMS (10 mg/HCN/Kg), p=0,02. A maior parte declarou consumir farinha de mandioca mais de quatro vezes por semana. Os níveis de peroxidação lipídica (2,72 mmol/MDA) e de metahemoglobina (4%) foram maiores no grupo com consumo de farinha mais de quatro vezes por semana. Conclusão: Os resultados mostraram resíduos de glicosídeos cianogênicos nas farinhas de mandioca acima do aceitável, 10 mg/HCN/Kg e elevada frequência de consumo de farinha pelos rurais. Os resultados demostraram a influência negativa da exposição ao cianeto nas dosagens dos marcadores oxidativos. Dessa maneira é necessária a orientação acerca das etapas de produção desse alimento visando garantir a ingestão segura da farinha de mandioca, pois o consumo regular e frequente, por grupos vulneráveis do ponto de vista nutricional pode oferecer riscos à saúde

Palavras-chave

Mandioca. Comunidade. Cianeto. Amazônia
Agencia financiadora: Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico CNPq