Dados do Trabalho

Título

Sucessão de áreas para o controle de Aedes spp. com Estações Disseminadoras de Larvicida, em cidades grandes: Caso Distrito de Saúde Oeste de Manaus – AM

Introdução

O uso da Estação Disseminadora de larvicida (EDL) com pyriproxyfen (PPF) tem se demonstrado uma excelente ferramenta de controle de Aedes spp.

Objetivo(s)

Este estudo tem como objetivo avaliar a estratégia de implantação de Estações Disseminadoras de Larvicida, em cidades grandes, através de sucessão de áreas, para o controle de Aedes spp. em Manaus – AM

Material e Métodos

A implantação das EDL’s foi realizada em 3 bairros concomitantes do Distrito Oeste Glória (GL), Santo Antonio (SA) e São Raimundo (SR), um bairro de transição Compensa (CP) e um bairro de controle (ADAL). Todos os bairros foram monitorados mensalmente com Ovitrampas e captura de adultos de Aedes spp. no intra e peridomicílio. Em 2019, se instalaram as EDL´s no bairro GL, com distribuição homogênea em todo o bairro (1 EDL cada 10 casas) e na área controle ADAL (sem EDL´s). Em 2020, se instalaram EDL´s em SR e SA, com distribuição em ilhas de EDL’s nas áreas de maior risco para arboviroses. Em 2021, se instalaram ovitrampas no bairro CP. Foi realizada contagem de ovos, e contagem, identificação e sexagem de adultos capturados. Para as análises da distribuição espacial de Aedes spp. foram construídos mapas de densidade com o estimador de kernel e calculados indicadores entomológicos mensalmente

Resultados e Conclusão

Com relação à média de ovos de Aedes, podemos observar que em 2019, o bairro de controle ADAL (25,99) apresentou maior número de ovos/ovitrampa, quando comparado com o bairro de intervenção GL (16,71). Em 2020 ADAL com (32,57), se manteve em alta diante dos bairros GL (17,58), SA(14,68) e SR (13,32), bem como em 2021 ADAL (26,69), seguido de GL (18,81), SR (11,65), SA (10,13) e CP (9,55). Já nos primeiros meses de 2022 GL (24,42) apresentou maior média em comparação com ADAL (21,90), possivelmente por ações intensificadas de borrifação e visitas domiciliares na área de controle. Com relação à média do Índice de fêmeas por residência, observamos também que ADAL (8,76) apresentou o maior índice, seguido de GL (4,97), SR (4,16) e SA (1,86). Podemos observar que no bairro controle (ADAL), a infestação foi superior às demais no decorrer do estudo, e SR e SA vem diminuindo no decorrer do tempo. Logo, diante destes resultados podemos inferir que o controle de Aedes com EDL’s através da sucessão de áreas, se mostra como uma estratégia eficiente para o controle vetorial em cidades grandes, com diminuição gradativa da frequência e distribuição das populações de Aedes spp.

Palavras-chave

Estações Disseminadoras de Larvicida; Aedes; Controle vetorial