57º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical

Dados do Trabalho


Título

Desfecho da paralisia flácida aguda: um estudo comparativo entre a região Norte e as demais regiões do Brasil.

Introdução

A paralisia flácida aguda, também chamada de poliomielite, é uma doença contagiosa causada por um enterovírus. As manifestações clínicas podem ser leves e inespecíficas, entretanto pode envolver o sistema nervoso central e causar infecção paralítica. Os indivíduos que desenvolvem a poliomielite paralítica podem apresentar fadiga muscular, diminuição da contratura, fraqueza e fasciculações anos ou décadas após a infecção aguda.

Objetivo(s)

Identificar os desfechos da paralisia flácida aguda, fazendo um viés comparativo entre a região norte do país com as demais regiões brasileiras entre os anos de 2017 e 2021.

Material e Métodos

Estudo transversal, descritivo, comparativo, com base nos dados do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS), no período de janeiro de 2017 a dezembro de 2021, considerando a evolução da paralisia flácida aguda, sendo cura com ou sem sequela e óbito por Paralisia Flácida Aguda (PFA) ou por outras causas.

Resultados e Conclusão

No período analisado houve 1.763 notificações de casos de PFA no Brasil. Do total de casos, a região Norte teve 199 casos, sendo 12% cura com sequela, 72,8% cura sem sequela, 2,5% óbito por outra causa e 12,5% de evolução “ignorada/branco”. A região Nordeste teve 691 casos, destes 33% foram cura com sequela, 46,7% cura sem sequela, 1,3% óbito por outra causa e 29% de evolução “ignorada/branco”. O Sudeste notificou 501 casos, sendo 25,5% cura com sequela, 41,9% cura sem sequela, 2,1% óbito por outra causa e 30% de evolução “ignorada/branco”. O Sul registrou 251 casos, sendo 32% cura com sequela, 46,6% cura sem sequela, 0,7% óbito por outra causa e 20,3% de evolução “ignorada/branco”. Por fim, a região Centro-Oeste notificou 121 casos, 20% sendo cura com sequela, 41,3% cura sem sequela, 4,95% óbito por outras causas e 33% com evolução “ignorada/branco”. Pode-se concluir que o Norte foi a região que mais registrou cura sem sequela, correspondendo a 72,8% dos casos notificados, enquanto as demais regiões tiveram a média de aproximadamente 44,1% de cura sem sequela do total de notificações. Além disso, a região Norte registrou a menor taxa de cura com sequela e a menor taxa de evolução na categoria “ignorada/branco” com valores de 12% e 12,5% respectivamente, já as outras regiões tiveram a taxa de cura com sequela de 24,8% e taxa de evolução “ignorada/branco” de 28%.

Palavras-chave

Poliomielite, desfecho, estudo comparativo, Brasil.

Área

Eixo 10 | Outras infecções causadas por vírus

Autores

Juliana Kalif dos Santos, Yasmim Carmine Brito da Silva, Caio Vinicius Botelho Brito, Ana Carolina Oliveira Pantoja Pimentel, Thaisy Luane Gomes Pereira Braga, Gabriel Nery Lima, Yasmin Batista Mendes, Lidia Cristine Machado Negrão , Luis Levino Batista Vieira Filho, Gisely Seguchi Spinasse, Miguel Chamoso Gilsanz Neto