Dados do Trabalho
Título
Prevalência de internações e taxa de mortalidade causadas por febre hemorrágica da dengue no Brasil de 2018 a 2022.
Introdução
A dengue é uma doença febril aguda, de etiologia viral e de evolução benigna na forma clássica e grave quando se apresenta na forma hemorrágica, cujas manifestações incluem derrames cavitários, instabilidade hemodinâmica e/ou choque. Trata-se de um grave problema de saúde pública, especialmente em países tropicais, como o Brasil, em que as condições ambientais e de saneamento básico favorecem a proliferação do principal mosquito vetor, o Aedes aegypti.
Objetivo(s)
Descrever a prevalência de internações e a respectiva taxa de mortalidade devido febre hemorrágica da dengue (FHD) nas regiões brasileiras, segundo o sexo, entre março de 2018 e março de 2022.
Material e Métodos
Estudo epidemiológico observacional e descritivo de internação e taxa de mortalidade causadas por febre hemorrágica da dengue nas cinco regiões do país, de acordo com sexo e mortalidade, entre 2018 e 2022, a partir de dados registrados no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS).
Resultados e Conclusão
RESULTADOS: No período analisado, foram registradas 8.589 internações por FHD no país. A região com maior número de internações foi o Centro-Oeste, com 3.069 casos. As regiões Sudeste e Nordeste apresentaram dados semelhantes, sendo, respectivamente, 2.444 casos para a primeira e 2.120 na segunda. Ainda, houveram 605 internações no Norte e 351 no Sul. Quanto ao sexo, não foram observadas no presente estudo diferenças significativas em nenhuma das regiões brasileiras: do total de pacientes, 4.126 eram do sexo masculino e 4.463, feminino. Em relação a taxa de mortalidade da FHD, a região Sul apresentou a maior taxa (10,26), seguido pelo Sudeste (6,26). As demais regiões apresentaram valores próximos dessa variável: 3,77 no Nordeste, 3,52 no Centro-Oeste e 3,47 no Norte. A taxa de mortalidade média no país nesse período foi de 4,63, apresentando uma taxa maior entre homens (5,14) quando comparado a mulheres (4,17).
CONCLUSÃO: A FHD apresentou elevado número de hospitalizações e de taxa de mortalidade, configurando-se ainda como importante causa de óbitos no país. Portanto, são necessárias medidas efetivas de controle de vetores para que haja a prevenção e controle da doença. Sabe-se que não existe tratamento específico para a dengue, porém a detecção precoce e acesso a cuidados médicos adequados são imprescindíveis para a redução da taxa de mortalidade.
Palavras-chave
Febre Hemorrágica da Dengue; Brasil; Taxa de Mortalidade.
Área
Eixo 08 | Arboviroses
Categoria
NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador
Autores
GABRIELA ELENOR DOS SANTOS LIMA, BERNAR ANTONIO MACEDO ALVES