57º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical

Dados do Trabalho


Título

ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DA MORTALIDADE POR FEBRE AMARELA ENTRE 2017 E 2021 NO BRASIL

Introdução

A febre amarela é uma doença infecciosa não-contagiosa causada por um arbovírus, em que as florestas são as principais áreas endêmicas. Nos últimos anos, essa doença foi considerada como reemergente, principalmente nas regiões além da Amazônia.

Objetivo(s)

Analisar o perfil epidemiológico dos óbitos por febre amarela nas regiões brasileiras entre os anos de 2017 a 2021.

Material e Métodos

Trata-se de um estudo transversal, observacional, quantitativo e descritivo com dados disponíveis no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Os dados foram analisados segundo as variáveis região brasileira, idade, sexo e cor.

Resultados e Conclusão

Foram notificados 311 óbitos por febre amarela no Brasil entre os anos de 2016 e 2021, sendo que o ano com maior ocorrência foi 2018 (170 óbitos), seguido de 2017 (125 óbitos), representando, juntos, 91,85% do total . Quanto à região, os óbitos destacaram-se na região sudeste, com 300 notificações (96,46%), seguido das . Em relação ao sexo, a maior prevalência foi entre homens com 274 óbitos (88,1%)., enquanto as mulheres apresentaram 37 (11,9%). Tratando-se da raça, a maioria dos óbitos foi naqueles considerados pardos, com 143 (45,98%), seguido das raças branca, com 99 mortes (31,83%), e preta, com 13 (4,18%). A respeito da faixa etária, aquelas com a maior mortalidade foram as de 40 a 49 anos e 50 a 59, com 79 e 78 óbitos respectivamente, totalizando 157 (50,48%), seguidas de 60 a 69, com 53 (17,04%) e de 30 a 39, com 51 (16,39%). Verificou-se a prevalência dos óbitos pela doença no Brasil, a partir da razão entre o número de óbitos por febre amarela no período analisado e a população brasileira segundo o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), a qual é de 214.858.444. Logo, foi encontrada uma prevalência de 0,000145%, isto é, 1,45 óbitos a cada 1 milhão de habitantes.
A partir do estudo, foi possível observar que a maior prevalência foi entre homens, na região sudeste, demonstrando a expansão da doença para áreas urbanas e densamente povoadas. Em suma, é importante manter ações na vigilância epidemiológica, a partir da identificação dos principais fatores de risco, com o intuito de garantir melhores indicadores de saúde, enfatizando as regiões com as maiores taxas de mortalidade. Portanto, deve-se adotar estratégias relacionadas à educação em saúde, principalmente pelo incentivo à vacinação, como forma de proteger os indivíduos.

Palavras-chave

Febre amarela, epidemiologia, Brasil

Área

Eixo 08 | Arboviroses

Autores

Cauã Leal do Espírito Santo, Luiz Carlos Figueiredo Filho, Ellen Sabrinna dos Remédios Passos, Adriana de Jesus Viana Veiga, Luan Daher Fernandes, Elinton Nascimento Castelo, Leonardo Rodrigues Ferreira Diogo, Ádria Rayane Lima Cascaes, Ananda Carolina Reis Prestes, Lucas Fernandes Araújo Silva, Brenda Nazare Gomes Andriolo