57º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical

Dados do Trabalho


Título

Níveis elevados de IgG3 contra antígenos da região polimórfica Nterm-PvMSP1, diferencia grupo assintomático de não-infectado, em indivíduos exposto ao Plasmodium vivax, residentes em uma região endêmica para malária

Introdução

A malária é uma doença infecciosa facilmente diagnosticada e tratada, no entanto casos assintomáticos ainda são negligenciados. No contexto imunológico, anticorpos como IgG1 e IgG3 possuem um papel fundamental no controle da infecção da malária, estima-se que indivíduos com proteção clínica da malária, possuem níveis elevados de anticorpos IgG3, podendo ser um marcador para detecção de indivíduos assintomáticos. Baseado nisso, o presente trabalho destaca a importância da reatividade sorológica IgG total e subclasse contra a antígenos variantes da região polimórfica Nterm-PvMSP1.

Objetivo(s)

Avaliar a resposta humoral de indivíduos sintomáticos, assintomáticos e não-infectados quanto aos níveis de IgG total e subclasse, mediante a antígenos variantes da região polimórfica Nterm-PvMSP1

Material e Métodos

Foram analisados 114 soros, todos coletados na comunidade de Rio Pardo, região endêmica para malária vivax no Amazonas. No intuito de caracterizar a resposta humoral, as amostras foram separadas em sintomáticos, assintomáticos e não-infectadoss. Os níveis de anticorpos nesses soros foram investigados através da técnica ELISA (Enzyme Linked Immuno Sobent Assay) responsivos contra antígenos variantes do variantes da região polimórfica Nterm-PvMSP1 (P2, P4, P5, P6 e P7).

Resultados e Conclusão

Todas as amostras dos grupos sintomáticos e assintomáticos foram responsivas para pelo menos um antígeno variante da região Nterm-PvMSP1, diferenciando-os do grupo não-infectado. Não houve diferença nos níveis de IgG entre os grupos sintomáticos e assintomático, no entanto, houve diferença significativa entre o grupo assintomático dos não-infectados quanto a reatividade dos antígenos P2, P5, P6 e P7. Quanto a subclasse de IgG, observamos que os soros apresentaram reatividade tanto para IgG1 como para IgG3, porém diferenciando os níveis de positividade. Com destaque para IgG3 anti P2, onde o grupo sintomático e assintomático apresenta 100% de positividade e os não-infectados apenas 34%. O nível de sensibilidade de P2 foi de 100% para captar anticorpos IgG e a subclasse IgG3, apresentando uma especificidade de 76% contra IgG3. Por fim, não houve reatividade à IgG2 para sintomáticos e assintomáticos, já para o grupo de não-infectados houve uma reatividade de 34%. A prevalência de resposta humoral de indivíduos com infecção pelo P. vivax contra um antígeno do bloco polimórfico de MSP1, em corroboração com a literatura, revela que esta região é um alvo de imunidade protetora.

Palavras-chave

Plasmodium vivax, proteção clínica, proteína recombinante

Área

Eixo 06 | Protozooses

Autores

Fernanda Almeida Batalha, Elizângela Farias Silva, Rafaella Oliveira Santos, Paulo Afonso Nogueira