57º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical

Dados do Trabalho


Título

Características da vigilância epidemiológica da esquistossomose em um município endêmico da Baixada Maranhense, Maranhão, Brasil (2010-2016).

Introdução

A esquistossomose mansônica é uma doença parasitária, que tem como agente etiológico o Schistosoma mansoni. Segundo o Ministério da Saúde, as atividades de controle da doença devem incluir as seguintes ações: delimitar áreas endêmicas e focais; identificar e monitorar áreas vulneráveis; diagnosticar e tratar precocemente populações humanas parasitadas; investigar e classificar casos da doença; reduzir a densidade populacional de caramujos em criadouros de importância epidemiológica; implantar sistemas de eliminação de dejetos e abastecimento de água; promover a educação em saúde; e fomentar a participação da comunidade na luta contra a doença.

Objetivo(s)

Demonstrar as características da vigilância epidemiológica da esquistossomose de um município endêmico da Baixada Maranhense.

Material e Métodos

Trata-se de uma pesquisa transversal, descritiva, com base em dados obtidos do Programa de Controle da Esquistossomose da secretária municipal de saúde, da vigilância epidemiológica do município e do Sistema de Informação do Programa de Vigilância e Controle da Esquistossomose de um município endêmico da Baixada Maranhense. Os dados foram analisados em números absolutos e percentuais no Programa Excel 2016.

Resultados e Conclusão

De 2010 a 2016 o município de São Bento apresentou 2127 casos de esquistossomose. A taxa média de positividade foi de 5,17% durante esses anos, embora tenha havido uma redução em três anos (3,75% em 2013; 3,39% em 2014 e 4,93% em 2016). A taxa de positividade da esquistossomose no município, nos anos de 2010, 2011, 2012 e 2015 ultrapassou os 5,00% preconizado pelo Ministério da Saúde, sendo o ano de 2015 o de maior prevalência (5,94%). Durante esta série temporal, ficou evidenciado no ano de 2013, baixa cobertura do Programa de Controle da Esquistossomose, tratando apenas 36 (25,53%) dos 141 casos positivos, confrontando com a taxa de cobertura preconizado pelo Ministério da Saúde que é de 80%. Concluiu-se que há necessidade de intensificação das ações de controle e vigilância da esquistossomose no município estudado, integrando tratamento quimioterápico com ações intersetoriais de saneamento, saúde ambiental, educação sanitária e controle dos vetores por se tratar de uma doença de veiculação hídrica.

Palavras-chave

Esquistossomose; Prevalência; Vigilância em Saúde.

Área

Eixo 14 | Outros

Categoria

NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador

Autores

Roberto Mendes Filho, Daniel Lemos Soares, Josuel Carlos Oliveira, Luís Fernando Bogéa Pereira, Eudijessica Melo de Oliveira, Shirley Priscila Martins Chagas Diniz, Dorlene Maria Cardoso de Aquino