Dados do Trabalho
Título
O perfil epidemiológico das Paralisias Flácidas Agudas no estado do Rio Grande do Norte – RN, entre os anos de 2017 a 2021 e a relação da qualidade da vigilância epidemiológica associados a pandemia da COVID - 19
Introdução
A poliomielite é uma doença infectocontagiosa viral aguda e altamente transmissível e uma das suas principais características é o déficit motor que se instala subitamente, em decorrência do desenvolvimento de uma paralisia flácida aguda. Apesar das Américas estarem livres da doença, há o risco de casos importados trazerem o vírus de volta.
Objetivo(s)
Conhecer o perfil epidemiológico das paralisias flácidas agudas no estado do Rio Grande do Norte, no período de 2017 a 2021.
Material e Métodos
Estudo descritivo com dados secundários do banco de PFA/PÓLIO do Sistema De Notificação e Agravos De Notificação (SINAN) no período de 2017 a 2021, verificando se houve impacto nas notificações e na qualidade das informações geradas pelas unidades notificadoras do estado durante a pandemia da COVID-19 (2020 e 2021).
Resultados e Conclusão
No decorrer do ano 2017 a dezembro de 2021, foram notificados 74 casos suspeitos de Paralisia Flácida Aguda - PFA, 38 são do sexo masculino e 36 no feminino. Os dados referentes a faixa etária nos mostram que maioria dos casos notificados foi entre a faixa etária de 10 a 14 anos, tendo como a menor as de 5 a 9 anos. Com relação a escolaridade, dos 74 casos notificados apenas 13 pacientes com 5ª a 6ª série incompleta e 29 dos pacientes classificados como não se aplica. Referente a cor da pele, a cor da pele parda foi a que mais se destacou na análise realizada, com 52 casos, seguido da cor da pele branca, 14 casos. Observa-se que 70% dos casos foram concentrados na cor parda, sabemos o quanto os fatores sociais têm impacto sobre os índices da poliomielite. A prevalência de casos apresentou-se discretamente maior no sexo masculino, não foi possível verificar impacto de maior predisponibilidade entre sexo na literatura consultada. A população entre 10 e 14 anos foram as mais acometidas, fator que pode estar associado as condições precárias de saúde. Desta forma, é preciso conscientizar a todos os profissionais, que os dados fornecidos para vigilância epidemiológica darão subsídios para realização de estratégias, monitoramento e tomadas de decisões que auxiliam no combate, na contenção e na permanência da eliminação do poliovírus selvagem.
Palavras-chave
POLIOVÍRUS, PERFIL EPIDEMIOLÓGICO, COVID-19, IMUNIZAÇÃO.
Área
Eixo 10 | Outras infecções causadas por vírus
Categoria
NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador
Autores
EMERSON TIAGO DE SOUSA LIMA SOUSA LIMA