57º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical

Dados do Trabalho


Título

INCIDÊNCIA DE SÍFILIS GESTACIONAL E SÍFILIS CONGÊNITA NO ESTADO DO PARÁ NO PERÍODO DE 2017 A 2021

Introdução

A Sífilis é uma doença infectocontagiosa sistêmica, causada pela bactéria Treponema pallidum e ocorre principalmente por transmissão sexual e por outros contatos íntimos. A sífilis gestacional possibilita o risco de transmissão vertical e, quando não tratada, cerca de 40% dos casos resultam em desfechos negativos, relacionados ao aborto espontâneo, morte fetal ou neonatal precoce, ou ainda graves sequelas perinatais. A sífilis congênita também é considerada um importante problema de saúde pública, mesmo sendo uma doença que pode ser evitada por meio da assistência pré-natal de qualidade, dos recursos disponíveis e informações adequadas. De forma geral, tanto a sífilis gestacional quanto a congênita, apresentam elevados registros no Brasil, assim como em outros países da América Latina.

Objetivo(s)

Analisar a prevalência de sífilis gestacional e sífilis congênita no estado do Pará no período de 2017 a 2021.

Material e Métodos

Trata-se de um estudo observacional, transversal e com abordagem analítica quantitativa, desenvolvido por meio de pesquisa e interpretação dos casos confirmados de sífilis em gestantes e sífilis congênita no estado do Pará no período de 2017 a 2021. Foram utilizados os bancos de dados do Sistema Único de Saúde: Sistema de Informação de Agravos de Notificação , disponibilizados pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil, através da plataforma Informações de Saúde.

Resultados e Conclusão

De acordo com os dados obtidos, durante o período de 2017 a 2021, foram confirmados 9.550 casos de sífilis em gestantes, onde os municípios que apresentaram maior número de casos foram Belém 16,12% (1.540), Marabá 10,06% (961), Santarém 6,30% (602), Ananindeua 5,48% (524), Parauapebas 3,19% (305). Sífilis congênita apresentou 3.746 casos confirmados nesse mesmo período, com maior incidência nos municípios de Belém 16,92% (634), Marabá 15,99% (599), Ananindeua 8,62% (323), Santarém 6,78% (254) e Parauapebas 6,48% (243). Diante desse quadro, percebe-se a necessidade de políticas públicas que promovam a sensibilização e conscientização voltada para assistência pré-natal, visando a notificação e manejo clínico da sífilis no curso da gestação. Para reduzir a prevalência de sífilis na gestação e da sífilis congênita, é essencial que os profissionais de saúde e a comunidade visem a importância do diagnóstico precoce e do tratamento eficaz.

Palavras-chave

Infectocontagiosa, Gestação, Treponema pallidum.

Área

Eixo 11 | Infecções causadas por bactérias

Autores

Rafael Hipolito Pires Batista, Max Chaves Mota Junior , Lorena Brasil Fernandes, Márcia Mayanne Almeida Bezerra, Ícaro Natan Da Silva Moraes, Débora Evelyn Ferreira Silva, Rossela Damasceno Caldeira