Dados do Trabalho

Título

Aspectos Epidemiológicos da Leishmaniose Visceral Humana no Estado do Pará

Introdução

A Leishmaniose visceral humana é uma doença vetorial causada pelo protozoário Leishmania infantun Chagasi, transmitida pelo flebotomínio Lutzomia longipalpis, causando uma doença crônica e sistêmica, apresentando a forma clássica da doença com febre, hepatoesplenomegalia e pancitopenia.

Objetivo(s)

Determinar os aspectos epidemiológicos da Leishmaniose Visceral Humana na população do estado do Pará.

Material e Métodos

Os dados foram obtidos por meio de acesso ao sistema do Ministério da Saúde, Gerenciamento de Ambiente Laboratorial (GAL),versão 2.14.5, com o estudo realizado no laboratório de referência estadual, LACEN-Pará. Foram analisadas 305 amostras pelo método de reação de imunofluorescência Indireta IgG (RIFI) e 637 amostras pelo método imunocromatográfico IgG no período de janeiro 2021 a maio de 2022.

Resultados e Conclusão

No período estudado foram analisadas 305 amostras pelo método de IFI IgG, das quais 11,80% (36/305) foram reagente, 10,50% (32/305) foram indeterminadas e no teste imunocromatográfico IgG foram avaliadas 637 amostras com a obtenção de 10,67% (68/637), totalizando em 136 amostras positivas e indeterminadas para sorologia de leishmaniose visceral humana. Os Centros Regionais de Saúde (CRS) onde ocorreu o maior número de positividade foram: 12°CRS com 28% (38/136), 1°CRS com 18,4% (25/136), 11°CRS com 12,5% (17/136), 6°CRS com 9,6% (13/136), 13°CRS com 8% (11/136), 3°CRS com 7,4% (10/136), 9°CRS com 5% (7/136), 8°CRS com 3% (4/136), 2°CRS com 2,2% (3/136), 7°CRS com 2,2% (3/136), 4°CRS com 1,5% (2/136), 5°CRS com 1,5% (2/136), 10°CRS com 0,7% (1/136). Quanto a área de habitação: 48,5% (66/136) residiam em área urbana, 32% (44/136) em área rural, 0,7% (1/136) em área periurbana e 14,7% (20/136) tiveram a área de residência ignorado. As crianças até 10 anos de idade contribuíram com 29,4% (40/136) dos casos. O sexo masculino teve 54% das notificações e o sexo feminino teve 46%. A infecção por leishmaniose visceral humana foi prevalente em todos os Centros Regionais de Saúde do Estado do Pará. Destaca-se que as notificações referentes ao 1° CRS (Belém e região metropolitana) deve-se em grande maioria à residentes de outros municípios que buscam a capital paraense para receber assistência à saúde. A maior incidência em área urbana pode sugerir a ocorrência de adaptação do vetor a este ambiente.

Palavras-chave

Leishmaniose visceral humana, Epidemiologia, leishmaniose visceral urbana