57º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical

Dados do Trabalho


Título

Estruturação da vigilância epidemiológica da Monkeypox em Rondônia, a partir da notificação de 2 casos suspeitos.

Introdução

Monkeypox doença causada pelo vírus hMPXV (Human Monkeypox Virus), considerada endêmica em países da África Central e Ocidental, mas, nos últimos meses, com registro de casos em outros países, especialmente Europa, responsável por 84% dos casos notificados (OMS). Até 20/07/2022, foram confirmados 15.338 casos no mundo, distribuídos em 71 países (CIEVS Nacional). No Brasil, até 30/07/2022, são 1.342 casos confirmados, mais concentrados em São Paulo (1.031 casos), Rio de Janeiro (142 casos) e Minas Gerais (63 casos), a quase totalidade com quadro clínico leve e boa evolução, havendo registro de apenas um óbito. Para evitar a propagação viral os casos suspeitos devem ser imediatamente isolados e notificados para instituição das medidas de controle. A transmissão entre humanos ocorre principalmente por contato pessoal com secreções respiratórias, lesões de pele de pessoas infectadas ou objetos recentemente contaminados. O período de incubação varia de 6 a 16 dias, no máximo 21 dias. O quadro clínico, de modo geral, inicia por febre, dor de cabeça, dores musculares, adenomegalia, erupção cutânea pápulovesicular, com lesões no mesmo estágio, que evoluem para crostas e caem após 2 a 4 semanas. Pode ocorrer lesões na boca, olhos e área genital.

Objetivo(s)

Estruturar a Vigilância Epidemiológica (VE) da Monkeypox em Rondônia.

Material e Métodos

O risco da introdução da doença no estado, motivou o rastreamento de casos suspeitos a partir da definição de casos e estruturação dos principais passos para a notificação, investigação, diagnóstico clínico e laboratorial, logística de coleta e transporte de amostras, medidas de controle e monitoramento, consolidadas em dois documentos: Nota Técnica Conjunta (AGEVISA e LACEN/RO) e Vigilância em Saúde no dia a dia – Monkeypox. A proposta inicialmente foi discutida e elaborada em várias reuniões (presenciais e on line) entre vigilância em saúde, CIEVS, APS e Rede de Atenção à Saúde, com apresentação e aprovação em Reunião da Comissão Intergestores Bipartite.

Resultados e Conclusão

A proposta foi implantada no estado, seguindo definição de fluxos para notificação/investigação, diagnóstico, monitoramento domiciliar, com reajustes, quando necessário, alinhadas às diretrizes do Ministério da Saúde (MS). Em 25/07/2022 ocorreu a notificação do terceiro caso suspeito no estado, compatível com a nova definição do MS e as medidas de vigilância epidemiológica ocorreram com maior tranquilidade e oportunidade.

Palavras-chave

Varíola dos macacos, pandemia, emergência em saúde pública.

Área

Eixo 10 | Outras infecções causadas por vírus

Autores

Maria Arlete da Gama Baldez, Adalgiza Botelho, Flávia Serrano Batista, Luma Akemi de Azevedo Kubota, Eduardo Honda, Viviane Alves de Sousa, Evelyn de Sousa Pinheiro Moreira, Celina Lugtenburg, Ciciléia Correia da Silva, Rui Rafael Durlacher, Tatiana da Gama Baldez