Dados do Trabalho

Título

Tratamento da parceria na Sífilis gestacional e o impacto para as ações de controle da sífilis congênita – Contagem, MG.

Objetivo(s)

Avaliar o tratamento das parcerias na Sífilis gestacional notificadas pelo município de Contagem-MG.

Material e Métodos

Estudo observacional transversal, descritivo, de série temporal. Foram utilizados casos de sífilis gestacional e congênita notificados no SINAN entre os anos de 2013 a 1º de julho de 2022 e, realizadas pelo município de Contagem, MG.

Resultados e Conclusão

Dados históricos mostraram que o município de Contagem notificou 1404 casos de sífilis gestacional, para os anos analisados, com um média de 129 casos/ano. Os anos de 2021 e 2022 apresentaram casos acima do limite epidêmico, sinalizando uma emergência para o município de Contagem. Apenas no ano de 2017 o número de parcerias tratadas foi igual ao dos não tratados, ignorados ou sem informação, entretanto, para todos os outros anos analisados o tratamento da parceria é inferior, perfazendo a média de 34% dos registros. Em 2021 e 2022, 30% das parcerias foi tratada e 70% foram considerados não tratados, ignorados ou sem informação. Entre 2013 e 2022 Contagem notificou 1154 casos de sífilis congênita, com média de 116 casos/ano. Os anos de 2021 e 2022 registraram meses cujas notificações se encontraram acima do limiar epidêmico, concordante aos dados de sífilis gestacional. Conclusão:O tratamento da parceria na sífilis gestacional é um ponto crítico para a vigilância da sífilis e, apesar deste não predizer a falha do tratamento, o mesmo pode indicar um risco para reinfecção da gestante e o nascimento de crianças com sífilis congênita. Neste contexto, o município de Contagem, para os anos de 2021 e 2022, vive uma emergência em saúde, portanto, esforços adicionais devem ser facultados pela vigilância em saúde e atenção primaria, principalmente junto ao monitoramento das parcerias.

Palavras-chave

Notificações; Vigilância epidemiológica, Tratamento de parcerias; Emergência em Saúde