Dados do Trabalho
Título
ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA E AMBIENTAL DOS CASOS DE MALÁRIA NO ESTADO DO PARÁ NO PERÍODO DE 2015 A 2021
Introdução
A malária é uma zoonose de distribuição mundial causada por protozoários do gênero Plasmodium. No Brasil, observa-se significativa incidência da doença nos estados pertencentes à região amazônica, visto que apresentam características geográficas e ecológicas que propiciam à transmissão da doença.
Objetivo(s)
Descrever a distribuição espacial dos casos de malária e sua relação com variáveis epidemiológicas e ambientais no Estado do Pará, no período de 2015 a 2021.
Material e Métodos
Trata-se de um estudo descritivo e retrospectivo, com obtenção de dados secundários fornecidos no sítio eletrônico do Sistema de Informação de Vigilância da Malária (SIVEP – Malária).
Resultados e Conclusão
Foram registrados 184.441 casos de malária no Pará durante o período do estudo, sendo 93,34% pela infecção por P. vivax. Do total de casos, as mesorregiões Marajó e Sudoeste Paraense foram as áreas de maior prevalência da doença com 74.635 e 48.730 casos notificados, respectivamente. Observou-se maior prevalência em indivíduos que residiam em áreas rurais (66,53%), do sexo masculino (62,78%) e na faixa etária de 10 a 19 anos (22,37%). No ano de 2015 foram registrados 9.390 casos da doença, havendo um aumento de 54,36% no número de casos, em 2016. Nos anos seguintes, 2017 e 2018, foram registrados aumentos de 154,49% e 24,24%, respectivamente. A partir de 2019, constatou-se uma redução expressiva de 29,16% nos casos notificados em relação ao ano anterior. Em 2020, houve redução de 23,34% nos casos de malária. Contudo, em áreas de garimpos e em terras indígenas foram verificados aumentos expressivos de 78,42% e 90,18%, respectivamente, da doença. Além do aumento de 168,38% nos registros de casos na cidade de Jacareacanga (Sudoeste Paraense), onde foram notificadas grandes áreas de desflorestamento associado ao uso e ocupação da terra. Em 2021 foram notificados cerca de 20.463 casos, uma redução de 17,81%. Os casos de malária apresentaram distribuição heterogênea no Estado do Pará, sendo o maior número de casos concentrados nas regiões do Marajó e do Sudoeste Paraense. Assim, vê-se a necessidade de ações estratégicas delimitadas, isto é, que visem compreender a transmissão da doença conforme cenários epidemiológicos e ambientais locais, uma vez que as diferentes formas de ocupação do solo e das diversas atividades econômicas exercidas influenciam a ocorrência da doença.
Palavras-chave
Malária; Epidemiologia; Região Amazônica.
Área
Eixo 01 | Ambiente e saúde
Categoria
NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador
Autores
Micael Douglas de Souza Gomes, Lucas Gabriel Viana Barbosa, Caio Cesar Valente da Silva, Luana Suely da Silva Maciel, Mateus Almeida Castro, Dienyelle de Nazaré Costa Barbosa, Maria Juliana da Luz Froz, Paula Cristina Rodrigues Frade