Dados do Trabalho
Título
Avaliação das infecções simultâneas entre arboviroses e COVID-19 no Rio Grande do Norte, 2019 a 2022.
Introdução
Os arbovírus são transmitidos através da picada de artrópodes hematófagos. Atualmente os arbovírus de maior impacto na saúde pública e que sobrecarrega o sistema de saúde são Dengue, Chikungunya e Zika, que são transmitidos pelo mosquito Aedes aegypti. O vírus da Dengue circula no Rio Grande do Norte desde os anos 80. O surgimento dos vírus Chikungunya e Zika no estado em 2014 aumentou as possibilidades de infecções simultâneas entre esses arbovírus, dada a capacidade do vetor em transmitir diferentes combinações de arbovírus simultaneamente. Com o advento da pandemia da COVID-19, observou-se uma grande pressão nos sistemas de saúde do estado, agravado pela ocorrência de epidemias simultâneas de dengue, Chikungunya e Zika.
Objetivo(s)
avaliar as infecções simultâneas entre arboviroses, e entre COVID-19 e arboviroses no Rio Grande do Norte, considerando o período de 2019 a 2022.
Material e Métodos
Foi realizado um estudo descritivo-exploratório dos resultados laboratoriais cadastrados e liberados pelo Gal – Gerenciador de Ambiente Laboratorial do Rio Grande do Norte, no período compreendido entre novembro de 2019 a março de 2022. Foram incluídos nas análises os resultados de Enzimaimunoensaio para arboviroses (IgM reagente), Imunoensaio por Quimiluminescência para COVID-19 (IgM reagente), RT- PCR para Dengue, Chikungunya, Zika e COVID-19 (Detectável). Para caracterizar como resultados de infecção simultânea foram considerados os indivíduos que possuíam cadastro com nome, sexo, data de nascimento/idade, nome de mãe, município de residência e data de coleta da amostra iguais.
Resultados e Conclusão
Foram avaliados 29.627 cadastros, sendo 12.988 de Chikungunya, 12.262 de Dengue e 4.377 de Zika. Observou-se que: do total de resultados positivos para Chikungunya, 28% também estava positivo para Dengue. Dos positivos para Chikungunya, 9% também estava positivo para Zika. Já dos positivos para Dengue, 32% também estavam positivos para Zika. Ainda em relação as amostras positivas para Chikungunya e Dengue, 0,4% também estavam positivos para COVID-19.
A infecção simultânea entre arbovírus é grave devido a possibilidade de evolução negativa dos casos, principalmente se o organismo estiver infectado com vírus de outra origem. Este cenário alerta para o diagnóstico oportuno e manejo clínico adequado dos indivíduos com infecção simultânea por arbovírus, principalmente se também participar dessas infecções o COVID-19.
Palavras-chave
Arboviroses, infecção simultânea, COVID-19.
Área
Eixo 08 | Arboviroses
Categoria
NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador
Autores
IRACI DUARTE DE LIMA, SHELYANE CAMILA SOTERO DE MELO, SILVIA DINARA DO NASCIMENTO ALVES, ALICE PINHEIRO SUASSUNA, AUREA ESTELLA DE ARAUJO SILVA, VALTER LUIZ DOS SANTOS, ANA PAULA CAMPINHO TEIXEIRA CRUZ, ANA KARLA DE MORAIS PERES, DIANA PAULA DE SOUZA REGO PINTO CARVALHO