Dados do Trabalho
Título
A INCIDÊNCIA DA DOENÇA DE CHAGAS AGUDA DURANTE O PERÍODO DE 2017 A 2020 NO ESTADO DO PARÁ
Introdução
A doença de chagas, ou tripanossomíase americana, é uma infecção causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi e é considerada uma doença tropical negligenciada. A transmissão aos humanos pode ocorrer pelo contato da pele do indivíduo com as fezes contaminadas do barbeiro hospedeiro, inseto hematófago, além de outras formas de transmissão como a congênita, transplante de órgãos e por transfusão. Outra forma de contágio muito importante na região Norte é através da ingestão de alimentos contaminados com o protozoário, como por exemplo o açaí. Nesse contexto, é importante a realização de estudos a respeito dessa antropozoonose.
Objetivo(s)
Verificar a incidência de casos confirmados e de óbitos decorrentes da doença de chagas aguda no estado do Pará entre os anos de 2017 e 2020.
Material e Métodos
Foi realizado um estudo epidemiológico descritivo sobre a doença de chagas aguda (DCA) no estado do Pará no quadriênio 2017-2020, a pesquisa foi feita por meio de uma análise dos dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). O município de residência foi utilizado como critério de busca na pesquisa.
Resultados e Conclusão
No período analisado, foram registrados 1.001 casos confirmados no estado paraense, sendo 2017 o ano de maior incidência, contabilizando 29,67% (297) dos casos. Já nos anos de 2018, 2019 e 2020, os registros representaram 28,97% (290), 25,37% (254) e 15,99% (160) respectivamente do total de casos confirmados da DCA. Em relação ao número de óbitos pela DCA, durante esses quatro anos, aproximadamente 1,3% (13) do total de casos confirmados evoluíram a óbito pelo agravo da doença notificada. Dentre as cidades do estado, Belém foi a que registrou maior número de óbitos pela doença, contabilizando 15,39% (2) do total de casos de morte. Ademais, verificou-se que a maior incidência de casos da DCA durante os anos de 2019 e 2017 foi na cidade de Abaetetuba, 17,32% (44) e 13,8% (41) respectivamente. Já nos anos de 2020 e 2018, as cidades com maior ocorrência foram Breves, 14, 37% (23) e Belém 10,69% (31), nessa ordem. Sabe-se que existem casos que não são notificados, ou seja, os números da doença podem ser ainda maiores. Outro ponto a ser destacado é a detecção da doença já na fase crônica. Nesse sentido, fica evidente a importância de sensibilizar a sociedade a respeito da DCA e a necessidade de pesquisas diárias sobre essa temática principalmente pela forma de transmissão oral, devido ao excessivo consumo de açaí na Região Norte do país.
Palavras-chave
Barbeiro, Trypanosoma cruzi, Notificação.
Área
Eixo 06 | Protozooses
Categoria
(Concorra com apenas um trabalho) Concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador - Graduado
Autores
Cloudo Luiz Colares de Carvalho Júnior, Natália Magalhães Silva, Rossela Damasceno Caldeira