Dados do Trabalho
Título
PREVALÊNCIA DE CASOS DE MALÁRIA NAS REGIÕES AMAZÔNICA, EXTRA-AMAZÔNICA E NO ESTADO DO PARÁ
Introdução
A Malária é uma doença infecciosa causada pelo agente etiológico Plasmodium. O mosquito Anopheles é o principal meio de transmissão e o tratamento depende do tipo de Plasmodium infectante. A Malária falciparum é uma das formas mais graves e há, ainda, a infecção simultânea por diferentes Plasmodium, configurando a forma mista da doença.
Objetivo(s)
Verificar a prevalência da malária com casos notificados na unidade federativa do Pará, na Região Amazônica e Extra-Amazônica, no
período de 2019 a 2021.
Material e Métodos
Foi feito um estudo epidemiológico a partir de dados extraídos do banco de dados SIVEP-Malária e Sistema de Informação de Agravos
e Notificação, com informações dos anos de 2019 a 2021 acerca dos casos de malária notificados na Região Amazônica e Extra-Amazônica e na unidade federativa do Pará.
Resultados e Conclusão
Constatou-se que, em 2019, na Região Extra-Amazônica (REA), notificaram-se 543 casos de malária, 70,9% deles do tipo Não Falciparum (NF). Ao se falar da Região Amazônica (RA), o contraste é evidente: 156.916 casos foram notificados, enquanto 89,1% foram do tipo NF e o estado do Pará representou 20,7% dos casos da RA, com 32.473 casos. Todavia, no ano de 2020, a manifestação de malária na REA caiu para 320, com pequena variação da proporção entre NF com Falciparum e Mista (FM). Na RA, houve redução de quase 10% na quantidade de casos do ano de 2019 para o de 2020, o qual notificou 141.587 – sendo 24.897 manifestados no Pará (representação de 17,2% dos casos da RA), cena de redução na participação ao se comparar com 2019. Sabe-se, ainda, que o ano de 2021 registrou um aumento de 61,2% casos na REA, variando de 320 (2020) para 516 (2021). Já na RA, houve queda para 139.451 casos e o estado do Pará registrou 20.463 desses, com participação de 14,7% na RA. Por fim, em 2021, a Região Amazônica representou 99,6% do total de casos de malária no Brasil.
O estudo revelou redução da participação paraense na RA progressivamente, bem como relativa manutenção da proporção de NF e FM nos anos analisados. Ademais, a REA variou em inicial redução e posterior aumento no número de casos. Já a RA obteve somente redução no triênio estudado. Logo, destaca-se a importância da aplicação de medidas em nível nacional e regional, para combater a transmissão da malária, com enfoque na RA, pela prevalência expressivamente maior, ainda que a população seja menor em relação à REA, para, enfim, diminuir focos de disparo da doença e controlar o quadro endêmico.
Palavras-chave
Malária; Epidemiologia; Infecção por protozoários.
Área
Eixo 06 | Protozooses
Categoria
NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador
Autores
Elizama Raquel de Souza Silva, Isabela Ferreira De Freitas, Luiz Felipe Leão Lima, Leonardo Yohan Santos Chucre de Lima, Bruna Lisboa Nunes, Fernando Gabriel dos Santos Santiago, Luma Maria Favacho Bordalo, Micandria Yanka Fender Lobato, Caio Vinícius Botelho Brito