Dados do Trabalho

Título

Chikungunya: uma arbovirose em reemergência no Ceará

Introdução

A chikungunya geralmente apresenta ciclos endêmicos e epidêmicos, com epidemias explosivas ocorrendo a cada 4 ou 5 anos. Os principais reservatórios do CHIKV em períodos epidêmicos são os seres humanos e durante períodos interepidêmicos, alguns vertebrados têm sido implicados como potenciais reservatórios (primatas, roedores, pássaros e outros pequenos mamíferos). Dada a distribuição dos vetores no Ceará, todo o estado é suscetível à reintrodução e propagação do vírus.

Objetivo(s)

Descrever o cenário epidemiológico da chikungunya no Ceará de 2014 a 2022.

Material e Métodos

Pesquisa descritiva, realizada no estado do Ceará, com dados epidemiológicos publicados pela Secretaria da Saúde do Estado de 2014 a julho de 2022.

Resultados e Conclusão

No Ceará, o primeiro caso de chikungunya importado foi registrado em 2014. No final de 2015, foram registrados os primeiros oito casos autóctones da doença, no entanto, a confirmação da autoctonia ocorreu no início de 2016. Em 2016 ocorreu a primeira onda epidêmica de casos da doença com a confirmação de 32.766 casos e 50 óbitos. A segunda onda em 2017 quantificou 105.312 casos e 194 óbitos confirmados de chikungunya. Nos anos subsequentes o cenário foi de baixa ocorrência, com a confirmação de 1.422 casos e um óbito em 2018, 1.164 casos em 2019, 934 casos e dois óbitos em 2020 e 996 casos em 2021. Porém, até junho de 2022, já foram confirmados 21.717 casos de chikungunya e 18 óbitos, retratando nova epidemia da doença. Após a introdução do vírus da chikungunya no estado, estabeleceu-se rapidamente uma transmissão sustentada, seguida de duas ondas epidêmicas da doença em 2016 e 2017. Após período interepidêmico de baixa circulação viral nos anos de 2018 a 2021, a chikungunya reemergiu com intensa transmissão em 2022.

Palavras-chave

Arboviroses; Epidemiologia; Brasil