57º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical

Dados do Trabalho


Título

Sífilis Congênita: Um desafio para a Saúde Pública

Introdução

A Sífilis Congênita tem se mostrado como um importante problema de saúde pública no Estado do Rio de Janeiro (ERJ), necessitando de um olhar atento ao cenário e aos fatores que dificultam o seu efetivo controle.

Objetivo(s)

O objetivo do trabalho foi analisar o perfil epidemiológico da Sífilis Congênita (SC), associada a não adesão ao tratamento do parceiro do sexo masculino

Material e Métodos

Foram analisados
dados publicados no TABNET/DATASUS. Os dados evidenciam que a SC, está em constante crescimento no ERJ, interligado ao tratamento ineficaz do parceiro.

Resultados e Conclusão

O ERJ registrou, no ano de 2020, 14.208 casos de SC com Taxa de Incidência (Tx Inc) de 21,1/1000 casos. A faixa etária prevalente foi 20 e 29 anos e mais da metade sexo masculino. Tivemos média de 83,42% das mulheres que concluíram o pré-natal (PN), 10,03% não realizaram e 6,55% interromperam o PN no seu curso. Nos anos de 2017-2021, 30,31% dos parceiros disseram ter feito o esquema de tratamento e 34,61% não realizaram, dando uma diferença entre eles de 4,3%. Ano de 2019 obtivemos um percentual de 34,22% de parceiros que realizaram o esquema, mas houve queda comparando com 2021 que teve uma porcentagem de 28,04%. A Tx Inc. nas regiões metropolitanas I e II, apresentaram a maior prevalência de SC por 1.000 mil nascidos vivos, no ano. Salientamos os condicionantes à não adesão do tratamento por parceiros do sexo masculino: condição sócio financeira e cultural. Encontramos poucos dados sobre adesão de tratamento do parceiro, por condição sócio ambiental. Avaliando questão sociocultural acredita-se que o parceiro tenha dificuldade e vergonha em pedir ajuda no tratamento e conhecer a doença. O não tratamento do parceiro sexual da gestante infectada aumenta o risco da transmissão da SC. Concluímos que há extrema necessidade de implementar ações significativas no controle para diminuição dos indicadores que são agravantes desde o manejo da doença à prevenção: Testagem
Rápida (TR) em todas as gestantes, tratamento e acompanhamento das gestantes e seus parceiros e oferta de penicilina nas unidades de saúde (US) que as gestantes realizam o PN; disponibilidade de TR em todas as US independente do nível de atenção à saúde; ações conjuntas com o programa saúde do homem e da mulher, disponibilizar gel e preservativos em qualquer US, além de campanhas e projetos educativos.

Palavras-chave

Sífilis Congênita; Adesão Tratamento; Tratamento Sífilis

Área

Eixo 11 | Infecções causadas por bactérias

Autores

Andressa Francisco da Silva, Millyane da Purificação Cavalcante, Yasmim Valloni da Silva Morado, Gabrielle Damasceno, Silvia C Carvalho