Dados do Trabalho
Título
BROMÉLIAS ARTIFICIAIS COMO MICROCOSMOS PARA ESTUDOS DE MOSQUITOS VETORES
Introdução
As ovitrampas são métodos consagrados para o monitoramento de Aedes aegypti, mas a sua natureza como microcosmos larvais ainda é pouco conhecida. O uso de bromélias artificiais como método de amostragem, representaria um incremento na complexidade do microcosmo em relação à ovitrampas e larvitrampas convencionais.
Objetivo(s)
Comparar as armadilhas simples tipo ovitrampas com bromélias artificiais, por meio de padrões de abundância e riqueza, analisar diferenças entre as variáveis ambientais e limnológicas, a fim de entender o funcionamento destes microcosmos.
Material e Métodos
As bromélias artificiais foram confeccionadas a partir de garrafas PET com dois níveis de complexidade estrutural, as denominadas simples consistiam apenas da parte inferior das garrafas e as complexas simulou-se um conjunto de folhas do mesmo material. As armadilhas foram distribuídas em três regiões de Montes Claros (MG), sendo duas urbanas e uma periurbana. Foram analisados os parâmetros físico-químicos e as variáveis ambientais de cada área, como abertura de dossel florestal. Modelos lineares generalizados foram construídos para testar o efeito das características físico-químicas, sobre a abundância, riqueza e composição dos organismos.
Resultados e Conclusão
Capturou-se um total de 668 organismos, pertencentes a 7 famílias, sendo a família Culicidae a mais frequente. A riqueza de macroinvertebrados foi afetada pela abertura do dossel de formas diferentes nos dois tipos de armadilha, sendo que as armadilhas simples se mostraram mais vulneráveis a insolação que as bromélias artificiais, que demonstram um efeito positivo com menor cobertura de dossel. A comunidade de mosquitos foi diferente nas três áreas, com as espécies nativas (Haemagogus spegazzinii, Aedes terrens, Sabethes chloropterus e Toxorhynchites theobaldi) só foram amostradas na área periurbana, exceto um indivíduo de T. theobaldi coletado em área urbana. Entre as espécies invasoras, Aedes albopictus foi mais abundante na área periurbana, enquanto o Aedes aegypti esteve mais relacionado ás áreas urbanas. Deste modo, propõe-se a utilização das bromélias artificiais como ferramenta complementar aos estudos de monitoramento e vigilância sanitária, enfatizando a importância de entender o máximo possível as interações que determinam a distribuição de espécies nativas e invasoras de culicídeos vetores, especialmente em áreas próximas ao perímetro urbano.
Palavras-chave
Aedes; Culicidae; bromélias
Área
Eixo 04 | Entomologia / Controle de Vetores
Categoria
NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador
Autores
Bárbara Sousa Vieira Porto, Magno Augusto Zaza Borges, Julia Gomes Cardoso, Hosana Rosa da Silva, Paulo Henrique Costa Corgosinho, Ronaldo Reis Junior