57º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical

Dados do Trabalho


Título

ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DOS CASOS CONFIRMADOS DE TUBERCULOSE NO PARÁ EM 2021

Introdução

Objetivo(s)

Descrever o perfil epidemiológico dos casos confirmados de tuberculose (TB) das macrorregiões de saúde do Pará em 2021.

Material e Métodos

Trata-se de um estudo ecológico de múltiplos grupos para as macrorregiões de saúde do Estado do Pará a partir de dados secundários do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), do Departamento de Análise em Saúde e Vigilância das Doenças Não Transmissíveis (DASNT) e Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SUS). As informações foram coletadas em julho de 2022 e as variáveis extraídas foram: incidência de TB por macrorregião de residência; internações, ano de atendimento; população residente por macrorregião. Foram criados mapas temáticos a partir do programa TabWin.

Resultados e Conclusão

Foram notificados 4.464 casos confirmados de TB no Estado (50,86 casos/100 mil hab), sendo a macrorregião I (30 municípios com 3.569.403 hab, dentre eles, a Região metropolitana de Belém) com mais alta ocorrência (n=2293, 64,24 casos/100 mil hab), seguida pela macrorregião II (47 municípios na região nordeste paraense, com 1.884.258 hab (n=1090, 57,87 casos/100 mil hab), a IV (38 municípios, Região Metropolitana de Marabá, 1.960.831 hab (n=632, 32,23 casos/100 mil hab) e a III (29 municípios, Região metropolitana de Santarém, 1.362.632 hab (n=449, 32,95 casos/100 mil hab). Quanto às características clínicas, houve predominância de 3.964 casos de forma pulmonar (88,8%), na macrorregião I (n=1931, 48,71%), II (n=1023, 25,81%), IV (n=588, 14,83%) e III (n=422, 10,65%). Além disso, 3.056 casos de testagem para o HIV foram feitos para os indivíduos com TB (68,46%) e desse quantitativo, 309 foram soropositivos para o vírus (6,92%). Dos 4.464 casos, foram notificadas 371 internações no SUS, sendo a macrorregião I a com maior contagem absoluta (n=219, 59,05%), seguida pela II (n=55, 14,82%), IV (n=52, 14%) e III (n=45, 12,13%). A macrorregião I foi também a que teve maior taxa de mortalidade em internações (13,24%), enquanto a II (12,73%), a IV (11,54%) e a III (11,11%). A macrorregião I concentra os casos diagnosticados e internações, o que pode indicar uma falta de infraestrutura e/ou a subnotificação nas outras regiões do Estado, fatos que elevam a morbimortalidade e dificultam ações em saúde para vigilância da TB. É possível que o número de casos notificados de TB/2021 sofra alguma variação após o mês de julho/2022, pois este ainda pode sofrer atualizações.

Palavras-chave

Mycobacterium tuberculosis; Doenças transmissíveis; Saúde pública; Perfil epidemiológico.

Área

Eixo 13 | Tuberculose e outras micobactérias

Autores

Marcos Jessé Abrahão Silva, Pabllo Antonny Silva dos Santos, Beatriz dos Reis Marcelino, Caroliny Soares Silva, Marcelo Cleyton da Silva Vieira, Maria Isabel Montoril Gouveia, Layana Rufino Ribeiro, Luana Nepomuceno Gondim Costa Lima, Karla Valéria Batista Lima